A Petrobrás anunciou reajuste de preços dos combustíveis, com aumento de 3% para a gasolina e de 5% para o óleo diesel nas refinarias a partir desta sexta-feira. A expectativa é de que o impacto para o consumidor fique entre 2% e 4% nos preços praticados pelos postos de gasolina de todo o País.
No mercado financeiro, o aumento foi visto como um gesto político, calculado para evitar um impacto maior na inflação ao mesmo tempo em que acena aos investidores para atitudes benéficas à saúde financeira da estatal, que deve encerrar o ano com forte aperto financeiro.
As projeções de economistas indicam um impacto entre 0,11 e 0,17 ponto porcentual sobre a inflação, dificultando o objetivo de manter a taxa dentro da meta estabelecida pelo Banco Central, de 6,5%.
A expectativa é que a taxa termine o ano ligeiramente acima desse patamar, em 6,54%, segundo a média das projeções feitas pelo Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, após o anúncio do reajuste.
No acumulado em 12 meses, até setembro, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está em 6,75%. O resultado de outubro será divulgado nesta sexta-feira.
Nas bombas, o presidente do Sincopetro do Estado de São Paulo (sindicato dos postos), José Alberto Gouveia, afirma que o reajuste deve ficar um pouco abaixo dos 3% aplicado nas refinarias.