A taxa de desemprego brasileira ficou em 7,6% em setembro, informou o IBGE nesta quinta-feira, estável em relação a agosto. No entanto, para meses de setembro é o pior resultado desde 2009. O dado faz parte da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que engloba seis regiões metropolitanas do país (Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Porto Alegre).
A população desocupada foi estimada em 1,9 milhão de pessoas e não apresentou variação frente a agosto. No entanto, cresceu 56,6% em relação a setembro de 2014, representando mais 670 mil pessoas em busca de trabalho.
A população ocupada foi estimada em 22,7 milhões para o conjunto das seis regiões, refletindo estabilidade na análise mensal e retração de 1,8% (menos 420 mil pessoas) na comparação com setembro de 2014. O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado (11,3 milhões) não variou na comparação mensal e, frente a setembro do ano passado, caiu 3,5% (menos 409 mil pessoas).
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi estimado em R$ 2.179,80, ficando 0,8% menor que o verificado em agosto (R$ 2.196,54) e 4,3% abaixo do apurado em setembro de 2014 (R$ 2.278,58). A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados foi estimada em R$ 50,1 bilhões em setembro de 2015 e ficou 0,6% menor que a estimada em agosto. Na comparação anual esta estimativa recuou 6,1%.
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, levantamento mais abrangente do IBGE, com informações de todas os estados brasileiros e do Distrito Federal, também mostram deterioração no mercado de trabalho.
Segundo os números mais recentes, divulgados no fim do mês passado, a taxa de desemprego no país ficou em 8,6% no trimestre encerrado em julho — a maior da série histórica iniciada em 2012 e a sétima alta seguida. No mesmo período do ano anterior, a taxa ficou em 6,9%, enquanto no trimestre encerrado em abril de 2015, que serve de base de comparação, ficou em 8%.