Jan Koum, um dos criadores do WhatsApp, afirmou nesta terça-feira (3) que “mais uma vez milhões de brasileiros inocentes são punidos por causa de um tribunal que quer o WhatsApp ceda informações que nós repetidamente já dissemos que não temos”.
Em uma publicação no Facebook, ele comentou a decisão da Justiça de Sergipe que ordenou às grandes operadoras de celular que bloqueassem o acesso ao aplicativo de mensagens por 72 horas a partir das 14h desta segunda.
Koum afirmou ainda que a equipe da empresa está trabalhando para reativar o serviço no país. Ele afirmou que o app de bate-papo já não guarda o histórico de mensagem de seus usuários e recentemente ganhou um recurso de criptografia ponta-a-ponta, que fortalece a privacidade do serviço.
O executivo sugeriu que atender aos pedidos da Justiça brasileira colocaria em risco a segurança não só dos usuários brasileiros mas de todas as pessoas adeptas ao serviço no mundo todo.
Nesta segunda, o WhatsApp informou que mais de 100 milhões de brasileiros mandam e enviam mensagens pelo app. Isso equivale a cerca de 10% do 1 bilhão de usuários que a ferramenta de comunicação de propriedade do Facebook possui no mundo todo.
Veja íntegra da publicação de Jan Koum:
“Mais uma vez milhões de brasileiros inocentes são punidos por causa de um tribunal quer que o WhatsApp ceda informações que nós repetidamente já dissemos que não temos. Nós não só criptografamos as mensagens de ponta-a-ponta no WhatsApp para manter as informações das pessoas seguras e a salvo, como nós também não mantemos o histórico do chat nos nossos servidores. Quando você envia uma mensagem criptografada de ponta-a-ponta, ninguém mais pode lê-la –nem mesmo nós. Enquanto nós estamos trabalhando para fazer o WhatsApp voltar a funcionar o mais rápido possível, nós não temos a intenção de comprometer a segurança de bilhões de usuários em todo o mundo”.