O cliente da Telefônica Vivo que recebeu, no período de 12 dias, 62 ligações de cobrança por uma fatura que já havia sido paga, foi indenizado em R$ 6,5 mil pela operadora. Após entrar com um processo por danos morais, Max Ferreira Silva foi procurado pela empresa para fechar um acordo. O pagamento foi efetuado na semana passada.
O caso aconteceu em Vitória, no Espírito Santo. O servidor público estadual Max Ferreira Silva explica que a conta de telefone do mês de dezembro de 2015 venceria no dia 26, que caiu em um sábado. Por conta das festas de fim de ano, o pagamento só foi efetuado no dia 29 do mesmo mês.
Mesmo assim, o cliente passou a receber cobranças por telefone de pessoas que diziam ser atendentes de telemarketing a serviço da Vivo. Do dia 7 de janeiro até 18 de janeiro, Max contabilizou 62 ligações.
Alguma delas, segundo ele, foram recebidas após as 23h. “Me sinto constrangido por receber uma cobrança na qual não estou inadimplente, mas o que me constrange mais ainda é o horário da ligação. Já recebi uma ligação às 23h43, estava em horário de descanso”, disse, na época.
Por nota, a Vivo informou que não comenta processos judicias.
Acordo
Max explicou que entrou com um processo na Justiça contra a operadora, por danos morais. Uma audiência de conciliação foi marcada para o dia 1º de março, mas antes mesmo que ela acontecesse, a Vivo entrou em contato com o cliente para fazer uma proposta. O acordo entre as partes foi homologado no dia 18 de abril.
“Eles me ligaram oferecendo R$ 6,5 mil, e aí não precisaria nem da audiência de conciliação. Eu aceitei a oferta, nós fechamos o acordo e a quantia caiu na minha conta na semana passada”, explicou.
Ligações gravadas
Diante da insistência da operadora, Max passou a gravar as ligações de cobrança que recebeu.
Uma delas, datada no dia 14 de janeiro, aconteceu às 20h31. Nela, o consumidor questiona sobre o horário da ligação, e a atendente diz “tipo assim, eu entendo os outros, sabe? Eu sei que é chato”.
Em outra gravação, do dia 17 de janeiro, Max novamente reclama com a atendente em questão.
“Hoje é 17 de janeiro de 2016, domingo, 9h05 da manhã. (...) Eu mal acordei. Você acha justo? Não deu nem tempo de eu levantar do descanso de uma semana puxada e recebo uma ligação da Vivo me cobrando? Você acha justo?”, pergunta o cliente.
Em resposta, a atendente do outro lado da linha disse que estava apenas cumprindo com a obrigação dela.