Cerca de 1,2 milhão de trabalhadores que não sacaram o abono salarial poderão fazê-lo de 28 de julho a 31 de agosto. O prazo havia expirado nesta quinta-feira. É a primeira vez que o governo decide dar mais tempo para os saques.
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, reconhece que a média de ausência nas agências bancárias não teve alteração, mas explica que trata-se de uma medida de "justiça" do governo. Nogueira rechaçou que a medida seja parte de um pacote de bondades para aumentar a popularidade do governo. Nesta sexta-feira, a primeira pesquisa CNI/Ibope da gestão interina mostrou que apenas 13% dos brasileiros consideram o governo ótimo ou bom.
"Se 1,2 milhão de pessoas deixam de receber porque não tiveram acesso à informação, isso não é bondade. O trabalhador tem esse direito. Esse dinheiro é do trabalhador", declarou o ministro do Trabalho.
O ministério pretende fazer uma campanha ainda no fim deste mês para que mais trabalhadores saquem o abono. Desta vez, a média de comparecimento foi de cerca de 95%, em um universo de mais de 20 milhões de pessoas.
"A intenção do governo é que 100% dos trabalhadores que têm direito ao abono possam ter a oportunidade de comparecer às agências bancárias", disse Nogueira.