O governador do Amazonas, José Melo (Pros), afirmou ontem (5) que “não tinha nenhum santo” entre os 56 presos mortos durante uma rebelião que durou cerca de 17 horas, entre domingo (1º) e segunda (2), no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), em Manaus.
“Não tinha nenhum santo. Eram estupradores, matadores (...) e pessoas ligadas a outra facção, que é minoria aqui no Estado do Amazonas. Ontem [terça], como medida de segurança, nós retiramos todos [os ameaçados] quem ainda restavam e segregamos a outro presídio para evitar que continuasse acontecendo o pior”, afirmou o governador à rádio CBN, ao ser questionado sobre a ligação de facções no massacre.
O massacre é apontado como resultado de uma disputa entre a FDN (Famílias do Norte) e o PCC (Primeiro Comando da Capital). Além do massacre no Compaj, outros quatro presos foram mortos na UPP (Unidade Prisional de Puraquequara) e 184 fugiram do Compaj e do Ipat (Instituto Penal Antônio Trindade), sendo que 56 tinham sido recapturados até a noite de terça (3).