Quando comparamos o tal "povo" às manadas das planícies africanas que, atacadas por feras, fogem céleres, mas seguem pastando impávidas após alguns membros virarem refeição, a metáfora é procedente. São poucos que caçam e se alimentam, implacáveis, dos muitos que são a assustadiça caça.
O Impostômetro marcou, na quarta-feira (31), 900 bilhões de reais 15 dias antes a mesma marca no ano passado. A sangria dessa dinheirama sustenta um sistema moribundo num Estado falido. Devolvessem em serviços ao menos aceitáveis, seria tolerável. Sabemos estarmos muito longe disso.
Os predadores institucionais também roem até os ossos. A corrupção sistêmica enfática nos últimos 15 anos asfixia pilares administrativos como Saúde, Segurança e Desenvolvimento Econômico, arrastando para o desaguadouro Ensino e Infraestrutura. Gerou, no contraponto, fortunas tão incomensuráveis quanto ilícitas.
900 bilhões de reais, numa expectativa de 3,5 trilhões, saem do bolso de quem trabalha e produz beneficiando, criminosamente, oportunistas improdutivos encravados nos tugúrios de um Estado voraz.
O contribuinte, contudo, é quem bota a casta política e suas hordas os predadores no poder, prestando-lhes ainda estúpida e indescritível idolatria. E ante situações traumáticas como a que vivemos, encolhe-se com o rabo entre as pernas, indefeso e inerme, acovardado e omisso, esperando soluções milagrosas. Não há...