A Petrobras informou que reajustou os preços do gás liquefeito de petróleo para uso residencial, envasado pelas distribuidoras em botijões de até 13 kg (GLP P-13), o gás de cozinha, em 8,9%, em média. O reajuste entra em vigor nesta terça-feira (5).
Segundo a estatal, o reajuste foi causado principalmente pela alta das cotações do produto nos mercados internacionais, que acompanharam a alta do Brent.
“Como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor. Isso dependerá de repasses feitos especialmente por distribuidoras e revendedores”, informou a estatal.
O ajuste anunciado foi aplicado sobre os preços praticados sem incidência de tributos. Se for integralmente repassado aos preços ao consumidor, a companhia estima que o preço do botijão de GLP P-13 pode ser reajustado, em média, em 4,0% ou cerca de R$ 2,53 por botijão, isso se forem mantidas as margens de distribuição e de revenda e as alíquotas de tributos.
A empresa lembrou que o último reajuste ocorreu em 5 de novembro de 2017. A alteração atual não se aplica ao GLP destinado a uso industrial/comercial.
ACUMULADO
O botijão de gás ficou 84,31% mais caro nas refinarias da Petrobras neste ano. O aumento de 8,9% anunciado ontem foi o oitavo em 2017. O motivo, segundo a empresa, foi o mesmo de meses anteriores.
“O reajuste foi causado principalmente pela alta das cotações do produto nos mercados internacionais”, informou em nota. Para o consumidor, no entanto, a alta não foi sentida da mesma forma. Indicador de inflação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) captou alta de 12,2% até novembro, segundo o pesquisador André Braz.
Esse porcentual de aumento de preço para o consumidor não inclui o reajuste válido a partir de hoje, que só aparecerá nas pesquisas de dezembro, divulgadas em janeiro.
De qualquer forma, assim como nos outros meses, o esperado é que, também neste, o aumento na ponta não tenha a mesma intensidade: “A concorrência não deixa o reajuste chegar com essa potência para a população.”
No ano, o preço médio do gás de cozinha no país já acumula alta de 17,7% para o consumidor, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).
O valor médio do botijão para o consumidor saltou de R$ 55,74 na primeira semana de janeiro para R$ 65,64 na semana passada. Pela nova política de preços adotada pela Petrobras desde junho, o preço do GLP passou a ser revisado todos os meses.
Desde junho, foram anunciados seis aumentos e uma redução no preço do gás de cozinha.