O Brasil perdeu no ano passado 7,6 milhões de linhas móvies, que inclui celulares, placas de internet e chips usados em máquinas de cartão. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (31) pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
É o terceiro ano seguido de queda no número de linhas móveis. Em 2014 o país perdeu 22,9 milhões de linhas e, em 2015, 13,7 milhões.
Segundo a agência, o país fechou o ano passado com 236,5 milhões de linhas móveis em operação. Só em dezembro de 2017, foram desativadas 2,6 milhões de linhas.
Do total de acessos móveis em operação, 148,5 milhões são pré-pagos e 87,98 milhões pós-pagos. Durante o ano, o mercado pré-pago perdeu 16,2 milhões de linhas. Já o mercado pós-pago ganhou 8,6 milhões de acessos.
Analistas do setor de telecomunicações atribuem a queda no número de linhas móveis nos últimos três anos a fatores como o uso de aplicativos de mensagens, como WhatsApp, e a redução da tarifa de interconexão, que é aquela paga quando o cliente de uma operadora liga pra um telefone de outra.
A redução da tarifa de interconexão diminuiu o chamado 'efeito clube', que é o uso, por um mesmo cliente, de chips de operadoras diferentes.
Com a queda na tarifa de interconexão, por exemplo, pelo menos duas operadoras anunciaram, em 2017, que não cobrariam mais ligações feitas para nenhuma outra operadora. Para clientes dessas empresas, as ligações são ilimitadas tanto dentro da rede quanto fora da rede da operadora.