O presidente Michel Temer (PMDB) admitiu pela primeira vez publicamente, nesta terça-feira (20), a possibilidade de disputar a reeleição.
Na saída de um almoço no Palácio Itamaraty com o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, Temer disse que a hipótese "não é improvável", mas ressaltou que ainda não tomou uma decisão.
"Ainda não decidi. Não é improvável, mas ainda não decidi. O tempo dirá (quando devo decidir), é no limite legal", afirmou o presidente.
Indagado sobre uma eventual candidatura do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o presidente sinalizou que vai conversar com ele. "Tudo isso vai ser objeto de conversas, com o Meirelles, inclusive, que é uma grande figura", observou.
Temer começou a admitir em conversas reservadas que poderá personificar o papel de candidato do governo em outubro, caso nenhum dos nomes vinculados a seu campo político decole nas pesquisas. Em paralelo, o presidente segue estimulando aliados a também testarem suas chances na disputa.
A interlocutores, Temer aponta que estrategicamente é bom que o maior número possível de aliados se coloque na corrida eleitoral, pois a pulverização enfraquece a candidatura do tucano Geraldo Alckmin, que deixou de contar com a simpatia do Planalto desde que se empenhou, nos bastidores, para que a bancada paulista votasse a favor das denúncias contra Temer, no ano passado.