Representantes da Sandstorm Gold, empresa que financia produção futura de ouro, se reuniram neste mês com membros da Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp) para discutir o futuro do projeto de ouro Serra Pelada, em Curionópolis, no sudeste do Pará, que era desenvolvido pela Colossus Minerals. O objetivo da empresa canadense é melhorar as relações com a cooperativa para buscar novos investidores e retomar as atividades do projeto, que é uma joint venture com a Colossus Minerals, diz Jimmyson Pacheco, administrador da Coomigasp.
Segundo ele, a Sandstorm está em busca de novos parceiros para conseguir colocar Serra Pelada no rumo da produção. A empresa canadense precisaria captar algo em torno de US$ 30 milhões para retomar as atividades no projeto. O montante seria utilizado principalmente para fazer o bombeamento do túnel que liga à mina, cujas galerias têm 1.250 metros de comprimento, mas é acessível apenas até 160 metros porque o restante está alagado e correndo risco de desabamento.
“A Sandstorm está buscando novos investidores. A empresa veio ao Brasil para pacificar a relação com a Coomigasp. Eles querem uma garantia de que a cooperativa, depois da intervenção, é séria e legítima, porque Serra Pelada ficou com uma imagem negativa depois de tudo que aconteceu. Então eles querem ver que está tudo certo para poderem apresentar um projeto para possíveis investidores”, disse Pacheco por telefone.
Do total que foi investido em Serra Pelada até hoje, a Sandstorm injetou cerca de 40,2%. A maioria do aporte foi dividida entre investidores variados que já teriam dito à empresa canadense que não vão mais colocar dinheiro no projeto. Os US$ 30 milhões para retomar as atividades seriam utilizados também para contratar pessoal, locar máquinas e equipamentos, comprar produtos para os estoques e contratar empresa de segurança, entre outras coisas.