Jacundá teve população reduzida no Censo 2010

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE entregou ao Tribunal de Contas da União – TCU, no dia 27 (sábado), o resultado oficial do CENSO 2010. Segundo Claudiomiro Oliveira, coordenador de subárea do IBGE, “o município de Jacundá, sofreu uma pequena oscilação em sua população, tendo em vista que no Censo 2007 a população oficial era de 51.511 habitantes, e hoje com a divulgação oficial do Censo 2010 a população baixou para 51.211 habitantes, ficando distante da estimativa de 55.000 habitantes, número inicial previsto pelos recenseadores do IBGE.

O fator econômico “pesou” muito para Jacundá não ter elevado o número de habitantes, devido os projetos de dendê ao longo da Rodovia PA-150, no município de Moju e no município de Tailândia, provocando migração de pessoas que residiam em Jacundá e, por falta de oportunidades na área profissional, acabaram migrando para esses municípios e até para Marabá e Parauapebas.

Isso sem falar no surgimento de projetos sociais que receberam a média estimada de 3.200 pessoas, que preferiram declarar residência nos assentamentos que estão no limite territorial de Goianésia do Pará e Rondon do Pará. Outro fator que colaborou para a não elevação da população é a Vila Porto Novo, onde 1.200 pessoas foram entrevistadas pelos recenseadores e que, apesar de receberem benefícios da prefeitura municipal de Jacundá, pertencem legalmente à Goianésia.

Em 2007 foram visitados 13.990 domicílios contra 12.537 domicílios particulares permanentes ocupados e 26 domicílios particulares improvisados ocupados, visitados pelo Censo 2010, sendo que 874 domicílios estavam vagos (onde não houve nenhuma pessoa para receber os recenseadores), e 45 domicílios fechados.

Não houve tempo suficiente para visitar 100% dos assentamentos da região e o número de habitantes de Jacundá pode sofrer um pequeno acréscimo por causa dos domicílios fechados, se levarmos em consideração de quem em cada domicílio era encontrado a média de quatro moradores, segundo relatório dos recenseadores. Ainda segundo o relatório, 80% dos domicílios visitados estão localizados na zona urbana e o restante (20%) na zona rural”, resumiu Claudiomiro.

Perguntado sobre o que deve ser feito para que Jacundá não sofra redução no FPM, Cladiomiro disse que “não haverá redução, devido a pequena oscilação, mas o executivo municipal tem de consultar o seu departamento jurídico para ver o que pode ser feito na esfera judicial, o que não compete ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, cujo trabalho se resume exclusivamente em colher dados e repassá-los ao Tribunal de Contas da União – TCU”, conclui o coordenador. (Jurandir Bahia)