Quadrilha assalta Banco do Brasil de Baião
Quarta-Feira, 09 de Fevereiro de 2011 | 07:00hs | 2.684 visualizações |
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Fonte: Diário do Pará - Somente 5 horas após o roubo um grupo de policiais chegou a Baião ( Amaury Silveira)
A cidade de Baião, distante 260 quilômetros de Belém, na região do Baixo Tocantins, passou por momentos de terror na manhã de ontem. Por volta das 10h, 15 homens armados de fuzis e uma metralhadora chegaram disparando para o alto, intimidaram os moradores e assaltaram a agência do Banco do Brasil, que, na ocasião, fazia o pagamento de aposentados e pensionistas do INSS, além do funcionalismo municipal local.
A agência está localizada na rua Getúlio Vargas, onde também fica a agência dos Correios e um posto do Bradesco. Os ladrões não levaram nada dele, porque no momento não estava funcionando. Segundo um segurança da agência do BB, e comentários de moradores, os assaltantes levaram cerca de R$ 600 mil, valor não confirmado oficialmente pela gerência da agência.
O bando encontrou dentro do banco apenas um vigilante, que logo foi desarmado, o gerente, um caixa e cerca de 50 clientes. Eles mandaram que as mulheres, idosos e crianças saíssem, e mantiveram os homens adultos como reféns, até que retirassem dos caixas, e de um cofre, o dinheiro disponível.
Depois, colocaram os reféns na frente da agência, e deixaram o local, apontando suas armas para todos. Os assaltantes chegaram na cidade, em um automóvel Corolla, uma perua Cross Fox e uma caminhonete Strada. Na hora da fuga, o Corolla estava com um dos pneus furados e foi abandonado. Mais adiante, a Strada começou a falhar e também foi abandonada.
Assim, parte dos ladrões foi até uma loja, que fica por trás da igreja matriz da cidade, em busca de uma caminhonete S-10. Para tal, chegaram disparando vários tiros para o interior da loja, fazendo com que todos, clientes e funcionários, corressem do local. A loja foi destruída. O bando queria as chaves do carro. Contudo, o motorista, amedrontado com os tiros, fugiu do local. Os ladrões fugiram em um automóvel Prisma, que tomaram de um morador.
Segundo vários mototaxistas, os bandidos fugiram pela rodovia que liga Baião ao município de Breu Branco e não foram perseguidos. A cidade tem quatro policiais militares, cuja guarnição não foi vista enquanto os bandidos agiam na agência. Outros dois policiais civis também não foram vistos. Isso revoltou os moradores que pediam urgente transferência desses policiais, que seriam inoperantes, conforme afirmavam os mais exaltados, na frente da agência, após o assalto.
Apesar de o crime ter ocorrido às 10 horas, somente cinco horas depois chegou um grupo da Polícia Civil, o GPE-Grupo de Pronto Emprego, que pouco tempo demorou na cidade. Também, às 15h15, chegou o coronel Dourado, que comanda a PM na região, querendo informes, para esquematizar buscas aos bandidos.
A comunidade criticou duramente a demora na ação contra os bandidos. Um mototaxista, que foi feito refém dentro da agência, junto com a esposa, e exibia três balas de rifle, que os assaltantes deixaram cair, na fuga, disse que este é o quarto assalto a banco na cidade, sendo que, em um deles, um jovem de 19 anos foi morto há dois anos.
Assim que os ladrões deixaram a cidade, ocorreu uma revolta grande de populares que destruíram, a pedradas e pauladas, o Corolla que foi abandonado em frente da agência assaltada. Apesar da açãointempestiva dos assaltantes, que agiam com muita grosseria, ninguém saiu ferido. (Diário do Pará)