Na manhã do dia 03 de março (quinta-feira), no Parque de Eventos Santa Rita, foi realizada a Sessão Especial alusiva ao Dia Internacional da Mulher, evento promovido pela Câmara, Prefeitura e Secretaria da Mulher, que reuniu dezenas de mulheres e alguns homens, que foram prestigiar a solenidade.
O cerimonial ficou a cargo de Jair de Brito Filho e a mesa foi composta por Danielle Frisso, Nuccia, Geane, Lindomar, Rosa Mulato, Dino, Adélia, Maria de Jesus, Ene e Eliete. Em sua explanação, Eliete, usuária do Centro de Referência Maria do Pará, falou sobre “a importância de o município ter um Centro para atender as mulheres, já que anteriormente não sabíamos a quem recorrer para buscar proteção.
Fui acolhida pelas profissionais do Centro, onde tive apoio e acompanhamento psicológico, o que em muito me ajudou para enfrentar a situação de risco que estava vivendo. Quero agradecer ao prefeito Dino e demais pessoas que me ajudaram e alertar as outras mulheres que estão sendo violentadas ou agredidas, para que procurem os seus direitos, já que têm que ter noção do que a gente quer para a nossa vida”, resumiu Eliete.
A psicóloga Nuccia Nunes Araújo, pertencente à equipe técnica do Centro de Referência Maria do Pará, em sua assertiva disse que “a especialidade do Centro é o atendimento à mulher na violência doméstica, atendimento e acompanhamento psicológico, dando-lhes auto-estima (focado somente a mulher), e lutar para que a sociedade seja mais justa e igualitária, para que um dia a violência contra a mulher seja totalmente erradicada de nosso convívio”, conclui Nuccia.
A senhora Danielle Frisso, representante do Conselho Municipal da Condição Feminina, falou sobre a “necessidade das mulheres não se calarem em caso de violência, pois assim poderemos conseguir os nossos objetivos e conquistar os nossos direitos”, disse Danielle.
A representante da ADMUJ, Maria Ene Lisboa, destacou que “a partir do ano de 1992 eu já me preocupava com a questão da violência contra a mulher, sendo que a nossa associação foi a precursora no município de Jacundá a lutar pelos direitos de nossas associadas.
Devido a incansável luta pela manutenção dos direitos da mulher, conseguimos sensibilizar o poder público municipal que enviou ao legislativo a Lei Municipal nº 2.423/2007 de 28 de fevereiro de 2007, criando oficialmente a Secretaria Especial de Políticas Públicas para as Mulheres – SEPOM, que serviu de suporte para grandes conquistas, com destaque para o Centro de Referência Maria do Pará, que atende todas as mulheres que são vítimas de violência”, finalizou Ene.
O vereador Lindomar ao se referir sobre o assunto, disse “estar feliz por que a Eliete teve a coragem de procurar os seus direitos, o que demonstra que as mulheres acreditam no trabalho das profissionais do Centro, que foi implantado graças ao esforço do Dino e o apoio da Câmara, tudo com o único intuito de ajudar as mulheres”, afirmou Lindomar.
Para a vereadora Geane “a presença da mulher é fundamental na sociedade, não esquecendo de que a nossa luta ainda não terminou, a mulher está em condições de igualdade e condição com os homens. Seria bom que não houvesse violência contra a mulher. O nosso município está de parabéns por ter a SEPOM, já que Belém que é a capital do estado do Pará, não tem a Secretaria da Mulher, o que serve para demonstrar o empenho dos poderes executivo e legislativo em defesa do sexo feminino”, disse Geane.
A vereadora Rosa Mulato que presidiu a sessão estava feliz por “ajudar em buscar mecanismos legais para fortalecer a luta das mulheres, que precisam recorrer aos órgãos públicos para ter a tão sonhada proteção contra a violação de seus direitos”, resumiu Rosa.
A secretária da mulher, Adélia Figueiredo, frisou que “sem o apoio do Dino, da Maria de Jesus e da Câmara, não estaríamos aqui promovendo esse evento dedicado exclusivamente para as mulheres. O Centro já atendeu 305 (trezentos e cinco) mulheres vítimas de violência, o que reflete uma triste estatística em nosso município, já que devido a dimensão territorial, é alarmante o índice de agressão contra as mulheres.
Acredito que ao intensificar o trabalho, a nossa equipe conseguirá devolver a alegria e a tranquilidade a todas as mulheres que procuram atendimento no Centro”, definiu Adélia.
A vice-prefeita Maria de Jesus, em discurso bastante eloquente, enalteceu que “a consagração desse dia deveria ter sido por um motivo bonito, mas infelizmente as mulheres foram e continuam a ser agredidas todos os dias, no mais diversos lugares do mundo.
A implantação do Centro foi uma necessidade urgente para ajudar as mulheres, já que não podemos admitir que essa situação continue sem uma resposta imediata, por isso afirmo que a mulher tem de procurar os seus direitos para mudar o final dessa história. A mulher está conquistando o seu lugar e respeito perante toda a sociedade, o maior exemplo é que depois de 500 anos o Brasil está sendo governando por uma mulher, o que muito nos orgulha e nos motiva para continuar a caminhada em busca de soluções que beneficiem as mulheres”, assegurou Maria.
Ao se manifestar sobre a sessão especial, Izaldino Altoé, prefeito municipal de Jacundá, fez questão de repassar aos presentes que “dos 143 (cento e quarenta e três) municípios do Pará só 11 (onze) tem o Centro de Referência Maria do Pará, devido o alto custo de sua implantação e manutenção. Isso não impediu de que Jacundá fosse contemplado, uma vez que tenho de garantir a cidadania de meus munícipes e não poderia deixar as mulheres sem apoio nas horas mais difíceis.
Sou da opinião de que os homens devem tratar as mulheres com mais amor, respeito e carinho, para que a felicidade seja completa em todos os lares onde haja a presença feminina. A implantação do Centro de Referência Maria do Pará atende as expectativas da sociedade organizada, que há muito tempo reivindicava um melhor atendimento para as mulheres vítimas de violência doméstica.
Quero parabenizar todas as mulheres por essa grande data e dizer que a prefeitura municipal através de suas secretarias e departamentos, está à disposição das mulheres que necessitarem de apoio, já que devemos observar os princípios da igualdade e tratar a todas com a máxima atenção”, concluiu Dino.