O 7º Festival Junino de Jacundá teve como campeã de 2011 a quadrilha “Princesinha do Sertão”. O grupo cantou o enredo sobre o período colonial do Brasil e conquistou os jurados e mais ainda a platéia. Cerca de 20 mil pessoas, segundo os organizadores, assistiram mais de 40 apresentações nas quatro noites de evento. O festival foi organizado pela Prefeitura de Jacundá, através da Secretaria de Cultura, Desporto e Lazer (Secult) com apoio da Associação Cultural de Jacundá.
Aberto oficialmente na quinta-feira, 9, pelo padre-cantor Osmar Coppi, o festival junino teve como apresentações grupos e quadrilhas. Entre elas a quadrilha da escola Serginho Correia e escola Maria da Glória. Na sexta-feira foi a vez do cantor adolescente Gabriel Silva cantar para o público, que assistiu também apresentações das escolas do município e do grupo Raízes do Pará, da cidade de Rondon do Pará, e Explode Coração, de Marabá, e ainda a quadrilha Só Capim Canela, do Maranhão. A quadrilha do projeto NASF, da secretaria de Saúde, foi outro destaque dos festejos juninos. E os cantores Marquinho e Banda, Wesley Solluo e banda DN Melody agitaram o público na área externa do Ginásio Poliesportivo Padre Humberto Railland.
No sábado, o grande dia para as quadrilhas jacundaense, a abertura teve o Grupo Feras da Terra, também da cidade de Rondon. A Explosão 14 de Maio entrou na quadra e rezou o “Pai Nosso” em seguida o grupo dançou ao enredo sobre a “África, Brasil e Pará”. A quadrilha Bela Vista trouxe as músicas de Luiz Gonzaga e sua influência para a cultura nordestina. Os castanhais foi tema da quadrilha Boa Esperança Fênix. E a quadrilha Explode Coração explorou a religiosidade junina. Princesinha do Sertão com o período colonial brasileiro. A Porto Junino, desclassificada pela organização do festival por apresentar componentes da cidade de Tucuruí, trouxe o tema “Garantido e Caprichoso”, do Estado da Amazônia. A última quadrilha entrou na quadra às 2h e 20 minutos. Evolução Junina com as manifestações culturais da era escravista brasileira.
Homenagens – Duas pessoas foram homenageadas pela organização do 7º Festival Junino de Jacundá, pela contribuição à cultura local. Cláudio Pereira dos Santos, falecido em 2001, foi representado pela mãe Nerita Pereira Trindade, que aos 85 anos compareceu ao ginásio para receber a homenagem entregue pelo prefeito Dino Altoé. E Raimundo Moreira Gomes, o Raimundo Cego, que aos 14 anos de idade perdeu a visão, no entanto, é forte colaborador das manifestações folclóricas de Jacundá. Ele é um dos fundadores da quadrilha Boa Esperança Fênix, e recebeu a homenagem entregue também pelo prefeito, ladeado pela vice-prefeita Maria de Jesus, secretário da Secult, Adão Pesente, vereador Lindomar do Reis Marinho, e presidente da Associação Cultural, Aldson Reis. “Estou emocionado”, disse em lágrimas o homenageado.
Campeã – A mesa julgadora composta pelos jurados Jorge Davi Ramos, Alessandra de Fátima do Carmo, Luciana Rosa, Marco Peres Marques e Deivid Mattos – todos da Fundação Curro Velho – julgou abertura, coreografia, marcador, puxador, animação, figurino e tempo.
Com exceção de apenas uma nota 9, adquirida na apresentação da abertura, a quadrilha Princesinha do Sertão obteve 10 em todos os quesitos. Tão logo entrou na quadra com a encenação do período colonial, entre os temas a escravidão notadamente com o cultivo da cana-de-açúcar o reconhecimento do público foi imediato. Os componentes da quadrilha após receber o troféu das mãos da organização do evento comemorou a vitória. E a classificação para o segundo colocado foi a quadrilhas Boa Esperança Fênix e o terceiro lugar ficou com a Explode Coração (Jacundá).