A reforma política, a divisão territorial do Pará, nomeações para cargos federais e alianças eleitorais foram os temas que dominaram as discussões do Encontro Estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), realizado na última sexta-feira e no sábado, no Hotel Beira Rio. O encontro teve a participação do professor da Universidade de Campinas (Unicamp), Jorge Matoso, do presidente da Fundação Perseu Abramo, Nilmário Miranda, e do presidente nacional do partido, Rui Falcão, além de parlamentares e lideranças políticas locais como o ex-deputado federal e presidente de honra do partido, Paulo Rocha, a ex-governadora Ana Júlia e os deputados federais Zé Geraldo e Miriquinho Batista.
Aberto com um debate sobre o tema “Brasil hoje e suas perspectivas”, na noite de sexta, o encontro só esquentou mesmo no sábado, com os debates sobre reforma política, com a participação de Rui Falcão, e sobre a conjuntura estadual e estratégias políticas para as eleições de 2012.
Rui Falcão disse que o encontro foi “estimulante e revelou uma militância organizada e preparada para fortalecer a disputa em 2012”. Sobre a reforma política, ele destacou o financiamento público exclusivo das campanhas, o fim das coligações proporcionais, lista partidária e a ampliação da participação popular por meio de referendos e plebiscitos. Do Pará, ele leva a sugestão de se fazer uma lista partidária democrática que amplia a participação das mulheres.
OTIMISTA
Sobre as eleições de 2012, o presidente nacional do PT disse que está otimista, depois de visitar 13 capitais do país, onde, segundo ele, existe um clima positivo. “As pessoas estão orgulhosas das realizações do governo Lula e da presidente Dilma”, afirmou Falcão.
O presidente estadual do PT, João Batista, disse que o encontro ocorreu dentro das expectativas do partido. O encontro, diz, tinha como objetivo somente o debate e não deliberações. “Nosso objetivo é pensar os próximos quatro anos do PT Pará e parte desse processo inclui as eleições de 2012”, disse João Batista, que destacou a participação maciça de 500 delegados eleitos em encontros municipais desde março.
Paulo Rocha lembrou as mudanças feitas pelos governos do PT e as “mudanças profundas” que ainda precisam ser feitas a longo prazo. “Não podemos tratar as alianças emocionalmente, mas como uma estratégia para avançarmos mais”, afirmou.