Igreja Católica celebra dia de finados
Quinta-Feira, 03 de Novembro de 2011 | 14:23hs | 2.009 visualizações |
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Fonte: Carajás Tudo de Bom - Jurandir Bahia
Os padres Gilmar e Cláudio, estiveram ontem, às 9:00 horas no cemitério municipal, celebrando a tradicional missa do dia de finados, levando palavras de conforto e carinho a quem perdeu os seus entes queridos. Durante a cerimônia o padre fez questão de lembrar aos presentes que “A igreja, hoje, convida-nos a entrar em comunhão com o Deus da vida e rezar pelos nossos falecidos. O dia nos lembra que nossa existência terrena é passageira, mas nem por isso deve ser desvalorizada; lembra-nos também que não podemos perder a fé na ressurreição.
Por isso nos unimos ao salmista e proclamamos: “O Senhor é minha luz e salvação”. A celebração de Finados quer nos levar a uma reflexão sobre o dom da vida. Muitos dos que nos precederam deixaram-nos exemplo de vida orientada pelo amor e pela fé. Saibamos cultivar sempre o exemplo das pessoas que nos foram queridas.
É quase impossível passar o dia de hoje sem pensar na morte. Estamos constantemente envolvidos por mortes naturais e mortes prematuras – causadas pela violência, pelo trânsito, por falta de recursos necessários à vida, por acidentes diversos. Por outro lado, a celebração de Finados nos oferece profunda reflexão sobre a vida presente e futura, do hoje e do amanhã.
Por mais que a humanidade queira saber e por mais que a medicina e a ciência avancem, a vida futura sempre será uma incógnita, uma incerteza. Mesmo diante dessa dúvida, a vida presente tem de ser acolhida e vivida intensamente. O único tempo que nos pertence é o presente. O passado, que pode nos deixar lições, já foi e não nos pertence mais; o futuro está nas mãos de Deus. Importa viver bem o presente.
Agora é o momento em que podemos construir a felicidade para o presente e para o futuro. Não deixemos para amanhã o que podemos realizar hoje, pois o amanhã pode não chegar. Uma certeza inquestionável: um dia, mais cedo ou mais tarde, queiramos ou não, todos nós teremos que passar pela morte. Ela não exclui religião, nem etnia, nem gênero; tem hora incerta, mas implacável.
Desde o nascimento, estamos caminhando para ela, que nos aguarda de braços abertos. Nem sempre nos conformamos com isso. Uma frase do escrito israelense Amós Oz é muito pertinente neste dia: “Nós vivemos até o dia em que morre a última pessoa que se lembra de nós”. Ou seja, segundo ele, nós não morremos no dia do nosso último suspiro, mas quando morre a última pessoa que carrega consigo nossa lembrança.
Nossos falecidos, portanto, permanecem vivos em nossa memória, em nossa lembrança. É por isso que neste dia costumamos visitar o cemitério e depositar flores no túmulo de nossos queridos. Eles nos deixaram, mas ainda os carregamos na memória.
Nossa vida não se resume nos poucos anos de existência neste mundo. Fomos criados para a eternidade. Assim como o Senhor vive para sempre, na ressurreição viveremos eternamente junto a ele”, finalizou o sacerdote.