Produtores de peixe terão centro de alevinagem em Jacundá
Quarta-Feira, 16 de Novembro de 2011 | 18:30hs | 3.076 visualizações |
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Fonte: ASCOM/SEMATUR
O Brasil possui grande potencial pesqueiro, sendo que a região amazônica possui mais de 7 milhões de quilômetros quadrados da bacia hidrográfica, 1/5 de toda a água doce existente no planeta, nesse ambiente rico e com grande variedades de espécies que a Amazônia legal atingiu uma marca no setor pesqueiro com uma produção mais de 325 mil toneladas em 2007, número que representa mais de 30% da produtividade nacional, hoje calcula cerca de 1 milhão de toneladas.
Mas da metade deste montante é fruto da pesca artesanal por mais de 40% de toda a produção pesqueira de água doce do Brasil.
A FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) projeta um aumento no consumo mundial de pescado para o ano de 2030 dos atuais 16 kg para 22,5kg por habitante ano, além disso, o Brasil tem um grande potencial de mercado, são cerca de 190 milhões de brasileiros com uma média de consumo de 7 kg por ano.
Com esses motivos Jacundá apresenta um grande potencial, pois o município esta localizado próximo ao lago da usina hidrelétrica de Tucuruí, e possui inúmeras propriedades que podem ser usadas para o cultivo de peixes.
As espécies cultivadas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo - SEMATUR no projeto piloto de criação de peixes na fazenda do senhor Viana, todas apresentam boa aceitação de mercado, pois a unidade conta com 3 espécies de peixes redondos, Tambaqui, Tambacu, Caranha, contam também com Tilápia do Nilo, Pintado da Amazônia que é um peixe híbrido resultado do cruzamento do Jundiá com Chacara, e a presença do Pirarucu o peixe símbolo da região norte.
Os peixes redondos são peixes que apresentam bons índices zootécnicos, apresentam boas condições de adaptação em nosso município e responde bem a alimentação com rações comerciais, apresentando uma boa conversão alimentar, e apresenta grande aceitação no mercado consumidor, são peixes que comercialmente atingem 2 a 3 kg/ano estando prontos para serem comercializados.
Todas as espécies de peixes do criatório apresentam resultados econômicos viáveis com o investimento médio de 3 reais por quilo produzido, enquanto o quilo é comercializado a 8 reais, explica o secretário de meio ambiente, senhor Cledemilton Araújo Silva.
A Tilápia é um peixe exótico, sendo um dos peixes mais criados no mundo, por ter excelente aceitação no mercado, e com crescimento acelerado podendo a chegar as 800g aos 6 meses de cultivo, uma excelente espécie para ser cultivada pois apresenta um bom rendimento do filé e possui o couro como um ótimo produto para fabricação de sapatos, bolsas, roupas, etc... agregando valor no produtor final, e o que sobra do processo de filetagem pode ser usado na indústria da ração.
O Pintado da Amazônia é um peixe novo no mercado que veio para agregar valor na cadeia produtiva dos bagres, pois por ser um peixe híbrido, resultado do cruzamento do Jundiá com a Chacara, apresenta bons índices, apresenta a cabeça pequena e responde bem a rações comerciais podendo a chegar com média de 3 kg/ano.
O Pirarucu é o peixe símbolo da região norte do país, um peixe que nos últimos anos vem sendo bastante comercializado, pois muitos criadores dominam sua técnica de reprodução, encontrando com facilidade alevinos da espécie para ser criado.
Apresenta bom rendimento de carcaça podendo chegar a 10/kg/ano, criado com as rações comerciais e a utilização de tanques com peixes farrogeiros como, por exemplo, a Tilápia que servirá de alimentos para o Pirarucu, diminuindo assim o custo com rações, tem sua carne bem aceita no mercado consumidor e suas escamas são bastante usadas para artesanato.
Com todas essas potencias que a piscicultura apresenta com a produção de peixes em Jacundá, o prefeito Izaldino Altoé determinou ao secretário municipal de meio ambiente e turismo, Cledemilton Araújo Silva, que providencie com urgência a implantação do Centro de Alevinagem, pois esse projeto é um investimento fundamental para incentivar a criação de peixes e fomentar a economia ambiental correta.
Dino explica que inicialmente serão adquiridas as larvas de peixes que serão desenvolvidos nos tanques da SEMATUR e transformados em alevinos, outro produto fornecido aos produtores de Jacundá, será em idade juvenil, apropriado para tanque rede. Os produtores interessados a criar peixes já podem reservar os pedidos de Alevinos na SEMATUR, finaliza Dino.