A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou recentemente um novo medicamento para o tratamento do diabetes tipo 2. O produto é a base de linagliptina e “é um medicamento da modernidade”, avalia o nefrologista Artur Riberio Beltrame, titular do departamento de medicina da Unifesp e presidente da Fundação Oswaldo Ramos – mantenedora do Hospital do Rim.
A doença se caracteriza pela incapacidade do pâncreas em produzir insulina, substância que ajuda o corpo a controlar a quantidade de glicose no sangue. A linagliptina inibe o hormônio DPP-4, uma enzima que destrói o hormônio GLP-1. Esse hormônio vai ao pâncreas e faz com que ele secrete a insulina. “A insulina faz com que a glicose não suba tanto no nosso sangue e mantém um equilíbrio dessa substância no organismo”, explica o especialista.
Segundo Beltrame, a grande vantagem do novo medicamento é que a linagliptina não é excretada pelo rim, e sim pelo tubo gástrico intestinal ou pela bile. “Podemos usá-la desde o começo e não se preocupar se o rim ficou afetado. O rim não vai sofrer um agravo da medicação”, afirma.