Um dos problemas mais freqüentes na hora de reformar é o atraso das obras por falta de dinheiro. Uma solução para isso pode ser a nova linha de crédito para reformas, anunciada nesta terça-feira (10) pelo governo.
A nova linha de crédito utilizará o fundo de garantia (FGTS) para financiar reformas na casa própria, e deve estar disponível até fevereiro na Caixa Econômica. O empréstimo poderá ser feito por quem possui um imóvel no valor de até R$ 500 mil.
O valor máximo do empréstimo é de R$ 20 mil, com pagamento em até 10 anos. A taxa de juros máxima de 12% é o atrativo principal, já que o preço praticado atualmente pelo mercado ronda os 25%. Paulo Eduardo Cabral Furtado, membro do conselho curador do FGTS, explicou ao site G1 que alguns bancos “vão ter condições até de praticar uma taxa de juros menor do que essa".
Para estar apto ao empréstimo o consumidor deve ter uma conta vinculada ao FGTS e comprovar que é dono do imóvel a ser reformado. Os trabalhadores que vão executar reformas no valor partir de R$ 10 mil devem estar em dia com o INSS. A loja de materiais de construção também deve estar regularizada.
O dinheiro também pode ser aplicado na instalação de hidrômetros, na adaptação de casas para moradores com deficiência e até mesmo na instalação de sistemas de aquecimento solar.
O financiamento deve ser disponibilizado, inicialmente, só pela Caixa Econômica Federal, mas qualquer banco pode se credenciar ao agente operador e oferecer a linha aos seus clientes. Para a realização dos empréstimos não há desconto da conta do FGTS, o dinheiro sai do total de recursos do fundo de garantia.
Empréstimo para a classe média
A linha deve beneficiar, principalmente, as famílias de classe média, visto que a Caixa Econômica já oferece financiamento para famílias com renda menor que R$ 5.400, com taxas de juros mais baixas – 8,16%.
A aprovação deste tipo de empréstimo tem o objetivo de manter aquecido o mercado de compra de material de construção e a construção civil, além de aquecer a economia em época de crise internacional.
Inicialmente, o crédito disponível será de R$ 300 milhões. Caso a demanda seja maior, o valor pode chegar a R$ 1 bilhão. A liberação dos recursos, no entanto, ainda precisa de regulamentação posterior, o que pode demorar até 30 dias. Nos últimos oito anos foram concedidos R$ 3,5 milhões em empréstimos para este segmento construção civil.