Aos 13 anos de idade, o meio-campo Carlos Ariel lutava contra a morte. Portador de leucemia, uma doença nos glóbulos brancos (leucócitos) e que este ano deve atingir cerca 8.510 pessoas no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer. A enfermidade atacou o pequeno jogador há quase três anos. E há dois anos ele ingressou no Projeto Zico 10. Começa ai uma nova jornada na vida de Carlos Ariel que encontrava na bola a força para lutar contra a doença, que foi mais forte.
O garoto faleceu na manhã de quarta-feira (15), quando estava a caminho do Hospital Regional de Tucuruí. A reportagem ouviu Carla Ariel, mãe de Carlos. Segundo ela, seu filho apresentou os primeiros sintomas da doença há quatro anos, e havia quase dois anos que o diagnóstico revelou que o menino sofria de leucemia. “A partir daí começamos um intenso tratamento em Belém, e ele apresentava melhoras”.
Na noite de terça-feira (14), Carlos apresentou um quadro clínico anormal. Levado ao Hospital Municipal de Jacundá, onde recebeu os primeiros atendimentos médico, que permaneceu internado por algumas horas e logo transferido para o Regional de Tucuruí, mas não resistiu.
“Ele tinha um sonho de ser jogador. E encontrava no futebol a força para lutar”, Disse a mãe de Carlos. “Ele tinha um futuro promissor no futebol jacundaense”, lembra o treinador da escolinha Genival Dias, o Caçula. O último campeonato que Carlos disputou pela escolinha foi a 3ª Copa Porto Sul, disputada ano passado, onde o time de Carlos sagrou-se campeão do campeonato.
Fora do campo, Carlos cursava a quinta série na escola Raimundo Ribeiro. “Era um menino bastante dedicado em tudo que fazia”, lembra uma professora. A morte do futuro atleta deixou seus companheiros abalados. “Todos os colegas da escolinha de futebol gostavam dele. Nunca tivemos dificuldades com Carlos”, destaca Caçula.
O enterro de Carlos Ariel acontecerá na manhã de quinta-feira (16), e será marcada com grandes homenagens por parte de parentes, amigos, colegas de escola e companheiros de futebol.