Uma comitiva de gerentes regionais do Serviço Brasileiro de Apoio às micro e Pequenas Empresas (Sebrae/Pará) visitou municípios do sul e sudeste do Estado, para acompanhar a execução do Projeto de Leite e Derivados.
Na quarta-feira, 28, o grupo esteve no município de Jacundá, onde conheceram uma propriedade rural que é modelo na gestão e produtividade de leite.
O grupo era composto pelo gerente regional de Marabá, Josenir Soares; Sérgio Tadeu, Paragominas; José Lira, Itaituba; Francisco Marcelino, Redenção; e ainda Carlos Lisboa, gerente da carteira de Agronegócios do Sebra/Pará e sua diretora Adjunta Érika Bezerra, e também Jorgiana Titan, gestora do projeto de Leite e Derivados de Paragominas; e Luiz Lustosa, de Redenção; Maria Luzineuza, Jacundá, e Renan Freitas, gestor do posto de atendimento do Sebrae em Jacundá.
A visita técnica aos municípios onde o projeto é executado serviu para uma troca de experiências entre os gerentes e gestores. “Estamos traçando uma avaliação do que deu certo e o que se pode melhorar dentro da execução do projeto de Leite e Derivados”, diz Josenir Soares. O projeto que foi lançado no município de Jacundá há quatro anos tem hoje 40 produtores de leite.
Nesse período houve mudanças gradativas nos hábitos culturais produtivos na bacia leiteira. É o caso do produtor Domingos Alves dos Santos que divide as tarefas da pequena fazenda com a esposa Jane Moreira dos Santos. “A nossa produtividade melhorou muito”, comemora.
Para aumentar a produção de leite das quase 50 vacas lactantes, o casal teve que voltar à sala de aula. Com ajuda do Sebrae, responsável pela série de cursos, treinamentos, e uma expressiva parcela da Prefeitura de Jacundá, o casal trabalha menos, ordenha menos vacas, alcança uma produção duas vezes mais e teve os lucros aumentados em até 50% - devido a qualidade do leite que hoje se alcança.
Para tanto, houve investimentos na pastagem – com rotação do rebanho -, nos meses de seca o gado recebe complementação alimentar à base de silo – cana de açúcar e milho. E as vacas são ordenhadas mecanicamente. Para finalizar foi instalado um tanque de resfriamento do leite. “Tudo isso melhorou a nossa vida”, diz alegre a produtora Jane, um modelo do agronegócio de Jacundá.
Outro aspecto importante que despertou no casal a visão sobre o futuro. Numa área de pouco mais de um hectare foram plantados mais de 800 árvores de paricá consorciado com milho. “É o princípio da lavoura consorciada com a pecuária”, cita Rena Freitas, responsável pelo posto de atendimento do Sebrae em Jacundá.
Na avaliação da gestora do projeto, Luzineuza, a capacitação dos produtores é o grande diferencial. “Sem capacitação o produtor não tem condições para conhecer inovações tecnológicas, melhoramento genético do rebanho, além de outras ferramentas concernente à produção de leite”.