Frigorífico Boi Verde inicia abates em Jacundá
Quinta-Feira, 30 de Agosto de 2012 | 17:04hs | 7.391 visualizações |
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Fonte: Carajás Tudo de Bom/Antonio Barroso
Carajás Tudo de Bom/Will Silva
Com capacidade para gerar até 200 empregos diretos e abater mil cabeças de gado por dia, entrou em operação no município de Jacundá o frigorífico Boi Verde, um empreendimento familiar financiado com recursos próprios e também com a contribuição de uma rede de parceiros. O início das atividades aconteceu na segunda-feira, 27, quando uma quantidade de 40 animais foi abatida.
Segundo o pecuarista e empresário Osmar Perissé, a construção do frigorífico representa a realização de um sonho antigo dos irmãos Perissé, idealizadores do projeto. “Há oito anos propomos construir esse empreendimento no município de Jacundá, porém, enfrentamos obstáculos e então propusemos levá-lo para Marabá, onde encontramos incentivos. Mas, há três anos discutimos o projeto com o atual prefeito municipal, que aceitou nossas condições e concedeu os incentivos fiscais necessários ao empreendimento”.
Esta primeira semana de operação, de acordo com o empresário, servirá para treinar a equipe de funcionários – nos diversos setores de abate, testar a funcionalidade dos equipamentos e mostrar à sociedade a capacidade produtiva do frigorífico. “Vamos absolver mais de duzentos empregos, mas precisamos capacitar essa mão de obra”, explica. Um detalhe em relação aos empregos gerados vale lembrar: mais de 90% dessa mão de obra será contratada na própria cidade de Jacundá.
Atualmente a capacidade de abate do frigorífico é até 350 cabeças de gado por dia. “Essa quantidade vai triplicar quando finalizarmos as demais câmaras frigoríficas”. Subprodutos dos animais serão produzidos nas instalações, como farinha de osso e carne, desidratação do sangue, aproveitamento de gordura animal e couro.
Autorização de Funcionamento
Com o selo SIE – Sistema de Inspeção Estadual, o frigorífico Boi Verde está apto a fornecer carcaças bovinas para o mercado paraense. Notadamente para o mercado jacundaense, a direção do empreendimento está negociando junto a Cooperativa dos Açougueiros da cidade de Jacundá o fornecimento de carne para os açougues. Caso isso aconteça, o consumidor local terá à mesa um produto de qualidade, inspecionado por sanitaristas e veterinários.
Atualmente, a população vem consumindo carne sem as devidas exigências sanitárias, onde os animais são abatidos em local impróprio.
Outros dois empreendimentos estão previstos pela família Perissé concomitante ao frigorífico. O primeiro deles é o desosso das carcaças, objetivando o fornecimento de cortes especiais para a rede varejista. E a construção de uma fábrica de sabão e seus derivados é outro projeto da família.