A dois meses de encerrar o seu mandato como prefeito de Marabá, Maurino Magalhães de Lima sofreu mais um revés em sua administração na manhã desta terça-feira (30) quando o juiz de Direito César Lins, da 3ª Vara Cível, mandou afastá-lo do cargo, juntamente com o secretário de Saúde, Nilson Piedade. O magistrado avaliou que Maurino incorreu em desobediência ao não cumprir uma série de itens de um acordo firmado com o Ministério Público e a Justiça para melhorias emergenciais no Hospital Municipal de Marabá.
Uma reunião que se desenvolveu a portas fechadas na Câmara Municipal no início da tarde de ontem (30), discutiu o futuro do governo, uma vez que o vice Nagilson Amoury declarou que não pretendia assumir o cargo de prefeito. Mais tarde, Nagilson fez isso formalmente, através de uma declaração escreita de que não tinha condições de assumir.
Com isso, na metade da tarde o presidente da Câmara, Nagib Mutran, já estava respondendo como prefeito em exercício, despachando do gabinete da Prefeitura. À noite, ele reuniu o secretariado e anunciou que nesta quarta-feira promoveria exonerações entre os mais de 100 nomes de pessoas contratadas pelo gabinete e funções dispensáveis como a de secretário adjunto.
CPI
Ao mesmo tempo em que está afastado temporariamente do cargo de prefeito, Maurino Magalhães vê surgir um levante contra o seu governo na Câmara Municipal. Também na manhã desta terça-feira, a CMM autorizou a instalação de uma CPI para investigar a atual administração.
O presidente é o vereador Ronaldo Yara (PTB), que deverá designar o relator entre os membros Toinha Carvalho (PT), Edivaldo Santos (PPS) e Antônio da Ótica (PR). A comissão tem 20 dias para concluir seus trabalhos, prorrogáveis por mais 20.