O fundador do extinto site Megaupload, Kim Dotcom, afirmou que os usuários de seu novo site (chamado de "Mega") terão 50 GB de espaço disponível para armazenamento, sem que precisem pagar por isso. A quantidade seria superior ao fornecido por sites como Google Drive e Dropbox, que têm serviços semelhantes. A previsão inicial é que o site esteja online no dia 19 de janeiro.
Com 50 GB seria possível guardar cerca de 16 mil fotos digitais (.jpg). As informações foram dadas por Dotcom em sua conta pessoal no Twitter. Ele ainda afirmou que, por enquanto, não será possível fazer com que antigos clientes "Premium" do Megaupload sejam premium também no "Mega".
Um dos desejos de Dotcom é que os arquivos armazenados na página antiga sejam disponibilizados novamente para os internautas. Para conseguir o direito sobre os bytes na justiça, Dotcom tem sido auxiliado pela Electronic Frontier Foundation (organização que defende a liberdade na web). "Nossos advogados estão procurando obter autorização da Justiça para transferir os dados dos usuários do Megaupload" afirmou o fundador em um tuíte.
Entenda o caso
Em janeiro de 2012, o FBI (polícia federal norte-americana) bloqueou acesso ao site de compartilhamento de arquivos Megaupload – a página tinha mais de 150 milhões usuários registrados, 50 milhões de visitantes diários e somava 4% de todo tráfego da internet mundial. De acordo com o FBI, o site "promove a distribuição em massa" de conteúdo protegido por direitos autorais, causando prejuízos de US$ 500 milhões aos seus afiliados. Em resposta, os hackers do Anonymous atacaram sites do governo e de gravadoras, tirando-os do ar.
O fundador do site teve prisão preventiva decretada e a Justiça da Nova Zelândia congelou o equivalente a R$ 15,6 milhões em bens do acusado no país. Seis dos sete suspeitos de operarem o Megaupload e sites relacionados foram detidos. Um mês após a prisão, Kim foi solto sob custódia.
O FBI definiu os negócios como "indústria do crime". "Por mais de cinco anos, o site operou de forma ilegal reproduzindo e distribuindo cópias de trabalhos protegidos por direitos autorais, incluindo filmes – disponíveis no site antes do lançamento –, músicas, programas de TV, livros eletrônicos e softwares da área de negócios e entretenimento", diz o órgão.