O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) informou que foi um equívoco a inclusão do nome da mulher de José Rodrigues Moreira, acusado de mandar matar um casal de extrativistas em Nova Ipixuna, como beneficiária de um projeto de reforma agrária na região sudeste do Pará.
O documento detalhando a inclusão de Antônia Nery Sousa foi entregue nesta terça-feira (12) ao Ministério Público Federal de Marabá.
O pronunciamento ocorreu após duas horas de reunião a portas fechadas entre procuradoras do MPF e representantes do Incra. O superintendente do Incra em Marabá, Edson Luíz Bonetti, informou que não estava autorizado a falar sobre o assunto. Bonetti e assessores estiveram no MPF para entregar o relatório que apresenta detalhes do processo que concedia a Antônia Nery de Souza o lote no assentamento.
Segundo o documento, por equívoco, foi realizada a homologação de Antônia, que foi incluída na relaçao de beneficiários. no Sistema de Informação de Projetos de Reforma Agrária (Sipra). Com isso, ela estava apta a receber um lote no assentamento.
A situação, segundo o relatório, foi diagnosticada no último dia 19 de fevereiro. Após a constatação do erro, o processo foi desfeita. O processo será encaminhado para a Procuradoria Geral, visanto a retomada do lote.
A procuradora da República Luana Vargas Macedo afirma que todo o processo será revisto. "Se nada mais acontecer, se não houver nenhuma urgência, tudo será analisado hoje, e espero que a situação fique esclarecida diante dos documentos que o Incra apresentou".