O Superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Marabá, no sudeste do Pará, deixou o cargo esta semana alegando problemas pessoais que estariam impedindo a continuidade dele a função.
Edson Luiz Bonetti assumiu por três meses a superintendência do instituto, e durante a sua gestão, comandou processos de reforma agrária que geraram conflitos, como foi o caso do assentamento da família do homem suspeito de matar um casal de extrativistas em Nova Ipixuna. Mesmo assim, Luiz Bonetti afirma que o problema não interferiu na decisão de deixar o cargo.
Bastidores
Nos bastidores, apesar de Bonetti ter supostamente pedido pra sair, é dado como certo que a motivação da exoneração seria o assentamento da esposa de José Rodrigues Moreira no Assentamento Praialta Piranheira. Na época, Rodrigues era acusado de mandar matar o casal de extrativistas, José Claudio e Maria do Espírito Santo, crime que teria sido motivado exatamente por causa do referido lote.
Seu sucessor ainda não foi anunciado, mas deve ser o atual Ouvidor Agrário da região, Eudério de Macedo Coelho, ex-vereador de São Domingos do Araguaia, integrante da tendência PT pra Valer (de Luis Carlos Pies, Bernadete ten Caten e Zé Geraldo). A confirmação do nome de Eudério deverá ser dada em Brasília nos próximos dias.
Outros dois nomes estão cotados pra assumir a vaga deixada por Bonetti, a do ex-prefeito de Eldorado dos Carajás, Genival Diniz e do ex-procurador geral de Parauapebas, Hernandes Margalho. Todavia, Eudério é quem tem a maior chance de assumir o cargo.
A Superintendência Regional do Incra em Marabá (SR-27), trabalha com o universo de projetos de assentamento e área de abrangência em 39 municípios das regiões Sul e Sudeste do Estado do Pará, beneficiando cerca de 70 mil famílias assentadas.