O Pará, mesmo sem confirmação da existência da lagarta Helicoverpa armigera, já está tomando medidas preventivas para proteger sua produção agrícola da praga, que ataca plantações de algodão, feijão, milho, tomate e soja, e já foi encontrada nos estados da Bahia e do Paraná. Na quarta-feira (31), foi publicada no Diário Oficial do Estado, pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), a Portaria nº 02885/2013, que dispõe sobre a prevenção e o controle da disseminação da praga em todo o território paraense. Segundo Mário Moreira, diretor geral da Adepará, a portaria é uma importante medida para impedir a entrada da praga no Estado.
A lagarta é de fácil disseminação e de ação devastadora. O engenheiro agrônomo Ivaldo Santana, da Adepará, garante que não há confirmação da praga em culturas paraenses. Também com o objetivo de controlar o avanço da praga, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou uma Instrução Normativa para que os Estados façam levantamentos fitossanitários, a fim de detectar as regiões mais suscetíveis ao ataque da lagarta.
Técnicos da Adepará já estão fazendo o levantamento fitossanitário nos polos de Paragominas, formado também pelos municípios de Ulianópolis, Dom Eliseu e Rondon do Pará; de Redenção, que reúne ainda os municípios de Xinguara, Conceição do Araguaia e Santana do Araguaia, e o polo de Santarém, do qual faz parte o município de Belterra.
Produtores já estão sendo orientados sobre o assunto. “Caso haja qualquer desconfiança da existência da praga, a Adepará deve ser imediatamente comunicada”, frisou Mário Moreira.
A praga foi detectada pela primeira vez em 2012, e ainda não há um controle biológico. Por enquanto, segundo Ivaldo Santana, a orientação do Mapa é fazer o controle químico, com inseticidas. O técnico explicou ainda que, além do controle biológico e do manejo integrado de pragas, estudos estão em andamento para encontrar meios de minimizar os efeitos dos ataques da Helicoverpa armigera.