Alunos da rede municipal de ensino do município de Jacundá estiveram sem aula desde o dia 30 de setembro até esta quarta-feira, 02, quando os servidores do sistema público de educação decidiram ao toque do sindicato da categoria paralisar as atividades até que o governo municipal se comprometa a executar uma lista de reivindicações que foi encaminhada ao prefeito Izaldino Altoé (PT).
A segunda paralisação durante o mês de setembro que começou no último dia 30, encabeçado pelo movimento grevista SINTEPP, com cerca de 1.178 servidores, que deixou aproximadamente 12 mil alunos sem aulas, volta suas atividades normais nesta quinta-feira, 03.
“Os servidores da educação estão com os salários rigorosamente em dia e o Plano de Cargo, Carreira e Remuneração dos Profissionais da Educação (PCCR), atende a todas as reivindicações da categoria, o que fez da grave um movimento abusivo e prejudicial à qualidade do ensino”, afirmou uma fonte ligada ao governo do prefeito Dino que pediu para não ser identificada.
Ouvido pela reportagem, um dos coordenadores do sindicato, Ivonildo Pereira, explicou que mesmo após uma reunião entre Sindicato, Câmara de Vereadores e Prefeitura, ocorrida no dia 12 de setembro quando foi discutida uma pauta reivindicatória e que se decidiu sobre o fim da greve, uma nova reunião ficou agendada para o dia 27 de setembro, no entanto, não aconteceu em decorrência da ausência do executivo. “Consideramos um desrespeito, pois pretendíamos aprofundar a discussão sobre a pauta”.
No dia 12, o sindicato apresentou uma pauta com 9 tópicos. “Os itens foram respondidos com toda atenção”, resumiu o chefe de gabinete Luiz Veiga. Por exemplo, o Sintepp questionou sobre a construção da escola Peter Pan. Em resposta, a Prefeitura informou que “não dispõe de recursos próprio para um investimento dessa natureza. Todavia, no ano de 2011, esta Prefeitura inseriu no Sime-FNDE um projeto solicitando a construção de uma escola com 6 salas de aulas e uma creche tipo “C” no terreno da referida escola. Esse projeto está sob análise do órgão federal”.
Outro questionamento expõe as centrais de ar do Programa Cuca Fresca que contemplou várias escolas com equipamentos de refrigeração de ar. Segundo respondeu o executivo, os equipamentos já foram entregues às escolas contempladas, porém, os recursos referentes à adaptação das unidades educacionais ainda não foram disponibilizados. “A Prefeitura se colocou à disposição na busca de recursos junto ao FNDE para a adequação das escolas e instalações das centrais de ar”.
Outro ponto polêmico aborda o transporte escolar, que segundo o Sintepp precisa de uma explicação convincente para o número de caminhonetes locadas. “A Prefeitura esclarece que tem hoje locado o úmero quantitativo de 30 caminhonetes que fazem o transporte dos alunos nas localidades de difícil acesso”, concluiu.
Mesmo respondendo a todas as perguntas da coordenação do Sintepp, a greve não pode ser evitada. Ontem, 02, houve uma reunião na Câmara de Vereadores que deu inicio a partir da 15hs00min e adentrou pela noite com a participação do executivo, legislativo e sindicato. Para dar fim a greve e evitar maiores transtornos aos alunos que são os maiores prejudicados.
No entanto o sindicato se comprometeu a dialogar com a secretária de educação, para discutir a melhor forma de compensar os dias em que não houve aula na rede de ensino. E as demais reivindicações, o executivo diz que se empenhará com mais atenção aos itens da pauta do sindicato para encontrar uma solução para à população educacional.