Foi inaugurado neste sábado (7), o Projeto de Desenvolvimento de Assistência Social Dona Flor – PRODASF. Com intuito de beneficiar a população jacundaense por meio do assistencialismo voluntário, idealizado pela matriarca da família Oliveira, o projeto oferecerá atendimento médico, odontológico e psicossocial a pessoas carentes.
O PRODASF nada mais é do que a continuação de uma missão da Dona Flor, uma senhora que trabalhou, ao longo da sua vida em prol da causa social em Jacundá, pelo bem de pessoas em situações de risco.
A solenidade contou com a presença do Pr. Leonino Santiano – Presidente da União Norte Brasileira e da Adra Norte, Pr. Günther Marvim Wallauer – Coordenador da ADRA junto a Divisão Sul Americana, Pr. Paulo Lopes – Diretor da ADRA Brasil, Pr. Jones Ross – Gerente da ADRA Norte, Pr. Samuel Bastos – Presidente da Associação Sul do Pará da Igreja Adventista do 7º Dia, Luiz Fernando Castanha – Pastor da Igreja Adventista do 7º Dia do Distrito de Jacundá, Dr. Jaques da Silva Neves – Diretor do Saúde Center Hospital e Maternidade em Capanema, Dr. Bene André – Diretor do Hospital São Marcos na cidade de Imperatriz, Dr. Luiz Fernandes Rocha – Secretário de Segurança Pública do Estado do Pará, Deputado Hilton Aguiar, representando a Assembleia Legislativa do Estado do Pará, Izaldino Altoé – Prefeito de Jacundá, Lindomar dos Reis Marinhos – Presidente da Câmara de Jacundá, Pereira Barretos – Vereador de Dom Elizeu e empresários locais, que ambos são parceiros na idealização deste projeto social e de ajuda humanitária.
Na oportunidade o vereador de Dom Elizeu, Pereira Barretos conferiu ao município de Jacundá o titulo de unidade dois no tratamento de câncer no Estado do Pará, sendo a unidade 01, localizada no município de Dom Eliseu, entre outras palavras, os dois municípios passam a serem chamados de Centro de Apoio aos Pacientes Junto ao Hospital de Câncer de Barretos.
Este projeto fica na Avenida Cristo Rei, no centro de Jacundá sob a coordenação da Agência de Desenvolvimento Adventista e Recursos Assistencial (ADRA). O prédio contará com 04 consultórios médicos; sala de informática, com 30 computadores, cozinha semi industrial, auditório para palestras; quadra poliesportiva e um consultório odontológico.
Tributo a uma grande mulher
Em 23/04/2012, aos 75 anos de idade, descansou uma guerreira. Guerreira da fé, da coragem, da determinação. Mulher simples, mas com uma inteligência notável. Não se curvava às dificuldades, mas as enfrentava com a certeza de que seriam vencidas pelo poder do criador. Tinha uma fé inabalável, os seus joelhos eram calejados na incansável busca do poder que vem dos céus. As suas pernas já cansadas, sempre estavam prontas a ir ao encontro do necessitado, do pobre, do triste, do excluído.
Quão incansáveis eram as suas lutas! Quão ardentemente desejava que a sua amada família e todos que a encontravam ouvissem a voz do Senhor!
Não tinha vaidade, nada era seu. Tudo queria compartilhar com os necessitados. Oh como seria o mundo se existissem mais criaturas como essa mulher...
Muitas vezes incompreendida em seus desejos de amor e solidariedade, sofria profundamente, mas nunca perdeu a fé. Incansável em seus trabalhos, nos rogos a Deus, na luta pela direção da sua família e no zêlo pela Igreja, continuava como podia, a trabalhar e seguir adiante.
Sempre procurava o melhor para os filhos, o que mais desejava era que seguissem firmes na fé em Cristo Jesus. Os seus conselhos sábios, as noites em oração e jejuns, sem nunca desanimar... procurava o melhor, mesmo em circunstâncias pouco favoráveis. O crescimento através da educação, do desenvolvimento do intelecto e do trabalho, era o desejo para os seus filhos. Dedicou sua vida à família e a sociedade.
Visitava os pobres, os doentes, os presos, as viúvas, os solitários, levando o pão material, mas acima de tudo, o pão do céu. Tinha sempre uma palavra de ânimo. Não viveu uma vida de luxo, mas de dedicação aos outros, nunca pleiteou para si os prazeres, o dinheiro, mas o que tinha ela repartia.
Não foi uma mulher sem defeitos, mas sempre colocava os outros em primeiro lugar e tinha uma característica suprema, a de servir. Sua casa estava sempre cheia de pessoas em que ela servia com muito amor. Tinha hospitalidade em seu coração, em seu lar, ninguém entrava e saía sem comer algo. Sua disposição em servir era invejável...
Estudou pouco, mas ensinou muito!
Foi professora de muitos e estimulou muitos dos seus alunos a prosseguir sem desanimar, a buscar sempre novos conhecimentos.
Conquistava o coração de seus alunos com a maneira de ensinar e a determinação que lhes mostrava o conhecimento. Era uma mulher fantástica, mas não se sentia melhor que ninguém, o que ela fazia era se importar com todos. Onde alguém precisava de apoio, lá estava ela, onde havia alguém chorando, lá estava ela chorando junto. Sofria com o sofrimento de todos. Só posso dizer que isto é amor.
Não tinha as qualidades que o mundo valoriza hoje, mas tinha os valores da moralidade, da dignidade, da aceitação dos menos favorecidos. Ela era maravilhosa. Todavia muitas vezes incompreendida nos seus desejos. Construiu uma família com valores. Amou os seus pais intensamente. Amava os seus irmãos, irmãs, sobrinhos, netos e tinha uma atenção especial com todos em oração sempre; não esquecia do aniversário de ninguém.
Neste mundo que ninguém tem tempo para ninguém, ela sempre dedicou seu tempo para todos. E como amou seus filhos, seu esposo... Cada filho seguiu seu destino, construíram suas famílias, contudo ela estava sempre auxiliando cada um, como um porto seguro.
Orava sem cessar, chorava junto, partilhava as tristezas e partilhava as alegrias, se doava por completo. Não tinha mágoas, mesmo quando incompreendida pelos seus queridos, estava sempre pronta a ajudar. Ela era assim. Simplesmente assim. Fantástica. Só paramos para refletir como as pessoas maravilhosas o quanto são importantes e especiais, só quando elas nos deixam e, o que nos resta é a imensa saudade e o sentimento profundo de gratidão e o desejo de seguir este exemplo de abnegação e de cuidado com os outros e este exemplo de doação e comprometimento com a verdade eterna. O que nos resta é a esperança, a fé, a certeza de um breve encontro num lar maravilhoso, onde não haverá diferenças, choro, tristeza, saudades.
Este era o desejo profundo do seu coração, o desejo do reencontro eterno de seus amigos, sua família, seus filhos. Podemos incluir nesse rol todos os filhos prodasfianos nascidos em decorrência do legado imorredouro do seu amor que é capaz de romper as barreiras da própria morte. Só posso dizer ao Senhor, obrigada pelo exemplo vivo do teu amor, pela mulher fantástica que conheci e me deste a oportunidade de tê-la como minha mãe.
Florinda Maria de Oliveira Silva, simplesmente Dona Flor.
(Tributo de sua filha Wanderleia O. Silva)