“Vou provar minha inocência. Nunca tive qualquer envolvimento com essas meninas. Isso é uma armação política”. Em tom de desabafo, o ex-candidato a vereador Daniel Sirqueira Neves, o Daniel dos Estudantes, contou sua versão sobre o episódio ocorrido no dia 14 de março, quando ele e mais 4 jovens foram presos sob a acusação de estupro de vulnerável. A prisão em flagrante foi derrubada em aproximadamente 12 horas, pela Justiça, que levou em consideração que os réus não oferecem risco às supostas vítimas.
Pela versão do ex-candidato Daniel dos Estudantes, na noite de quinta-feira, 13, ele e os amigos Anderson Ferreira Gomes, Antônio da Silva Bentes, Gustavo Oliveira Laerte, vulgo Jhony, e Junior Viana Rocha estavam em momento de lazer, na casa de Daniel, na companhia da família de um médico amigo de Daniel. Quando o encontro terminou, Daniel conta que o médico foi embora e ele (Daniel) e os rapazes foram comprar uma caixinha de cerveja. “Primeiramente paramos na antiga rodoviária, mas não havia cerveja pra vender. Então chamei os quatro pra voltar, mas eles me convenceram a ir ao Boteco da 14 onde tomamos 6 latinhas. Percebi que eles estavam sendo convidados por algumas garotas, por meio de mensagens de celular, mas não sabia quem eram”.
Além das mensagens de texto, segundo Daniel, as meninas telefonavam para seus amigos a todo instante. “Até que eles me contaram que os encontros eram constantes, mas nunca imaginei que se tratava de menores”. Ao chegar ao bar, que também é uma residência, Daniel teria dito: “Isso é chave de cadeia. Vamos embora”, alertou. Daniel disse ter ficado fora do estabelecimento enquanto aguardava os amigos. “Eu não percebi quantas pessoas havia no interior daquele local. Em seguida fui embora”.
Na manhã do dia seguinte, segundo a versão de Daniel dos Estudantes, uma mulher o procurou na sua casa cobrando uma caixinha de cerveja. “Ela (mãe de duas adolescentes e que foi presa por abandono de incapaz) passou a cobrar algo que eu não devia e me falou mal com palavras de baixo calão. Então mandei ela me respeitar. Em seguida telefonei para a Polícia Civil pra saber como agir naquela situação. Se eu tivesse pegado as cervejas, eu pagaria sem qualquer problema. Não peguei e nem vi quem pegou. E também não consumi uma gota de cerveja naquele bar, inclusive, nem sabia que ali funcionava um bar”.
Sobre a acusação de uma das vítimas que citam o seu nome, Daniel dos Estudantes nega veemente. “Não tive nenhum contato com essa menina. Isso foi uma armação política. Não quero entrar em detalhe, mas garanto que vou provar minha inocência”.
Daniel lembra que antes de chegar a Depol, uma guarnição da Polícia Militar, sob o comando do capitão Rogério Pereira, chegou à sua residência e o convidou pra ir até a Delegacia. “Vou de moto”, pediu Daniel, porém, o capitão disse que estava fazendo o convite para o mesmo entrar na viatura. “Se você negar a nos acompanhar será algemado”, teria dito Rogério. Daniel conta que imaginou tratar-se de uma brincadeira. “Sendo assim, vossa excelência, vou com vocês”. Ele disse estranhar essa atitude de “a PM ter conhecimento do fato em instantes, e segundo, a presença de uma emissora de TV que já estava na delegacia quando cheguei. Tudo isso é muito estranho!”, indaga.
Na tarde de sexta-feira, 14, a informação repassada pelo delegado Sérgio Máximo, presidente do inquérito sobre o caso, seria a de enquadrar os cinco acusados nos crime de furto, estupro, aliciamento de menores e formação de quadrilha. Na conclusão do inquérito, o delegado os acusou pelos crimes de estupro e furto ao contrário do noticiado na matéria no: www.jacundatudodebom.com.br no dia 15/03/2014.
Por se tratar de acusações com forte teor político, Daniel acredita que isso contribuiu para que a Justiça expedisse a liberdade do grupo, em aproximadamente 12 horas após a voz de prisão, na delegacia de Jacundá.
“Por ordem do juiz de Direito Alexandre Hiroshi Arakaki, de Itupiranga, e que responde pela Comarca de Jacundá, os cinco envolvidos no caso vão responder o processo em liberdade. Após análise sumária por não vislumbrar a necessidade da prisão cautelar, concedo a liberdade provisória a Daniel Sirqueira Neves, o Daniel dos Estudantes, Anderson Ferreira Gomes, Antônio da Silva Bentes, Gustavo Oliveira Laerte, vulgo Jhony, e Junior Viana Rocha”.