A Polícia Civil da cidade de Jacundá, sudeste do Estado, já identificou 10 menores ao atentado que destruiu a sede do Partido dos Trabalhadores de Jacundá, na madrugada de quinta para sexta, 05. Durante a tarde de segunda-feira, 8, foram ouvidos seis adolescentes com idade entre 15 e 17 anos. A participação de um adulto está sendo investigada. O crime tem conotação política. E os prejuízos podem chegar a R$ 50 mil.
Segundo o delegado Sérgio Máximo, responsável pelo inquérito que apura o caso, as investigações tiveram início ainda na sexta-feira. “A primeira providência foi acionar o IML de Marabá para coletar provas materiais e biológicas que servirão para elucidar o crime”. Noutra frente investigatória, checaram-se prováveis suspeitos pelo atentado. “Ainda no domingo, 7, tínhamos vários nomes, no total de 10 envolvidos, dos quais 3 deles adentraram no prédio”.
O principal depoimento é de S. R, 15 anos. De acordo com o delegado, o adolescente estava com o grupo de amigos enfrente à agência do Banco do Brasil quando recebeu um telefonema e em seguida uma pessoa o levou numa moto a um lugar. “Recebi um pó branco pra cheirar, e me trouxeram de volta meia hora depois”, disse o menor ao delegado.
O adolescente confessou que ao retornar à frente da agência, convidou os amigos para fazer a depredação e também foi o mesmo que fez necessidades fisiológicas na cozinha do prédio. “Ele não disse ainda quem foi essa pessoa que deu a ordem, mas iremos chegar ao mandante, pois se trata de um ato contra a democracia, um crime federal”, explicou o delegado, que pediu imagens de circuito de segurança de prédios localizados próximos à sede do partido.
A advogada Paula Cristina, que acompanhou os depoimentos dos seis menores, acrescentou que não está descartada nas investigações a participação do Ministério Público Estadual e também da Polícia Federal. E os prejuízos são estimados em R$ 50 mil.