Alvo de intensa fiscalização, por determinação da Justiça de Jacundá, veículos com escapamento esportivo – os chamados kadrons. Nos últimos cinco meses o Departamento Municipal de Trânsito Urbano (DMTU), Polícia Militar e Polícia Civil apreenderam quase 100 acessórios desse tipo. Na ordem judicial todo veículo com descarga livre ou silenciador de motor de explosão defeituoso, inoperante ou com emissão de ruídos acima do nível permitido por lei deve ser recolhido ao pátio dos agentes envolvidos na fiscalização. A Portaria de número 18 entrou em vigor em setembro do ano passado.
Arielson Ribeiro Lima, juiz titular da Comarca de Jacundá, explicou que a portaria foi assinada após ouvir queixas de populares sobre o barulho ensurdecedor dos acessórios instalados, principalmente em motos. “É infração penal alguém perturbar o trabalho ou o sossego dos outros, abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos”, diz o magistrado.
Denominados de “kadron”, o acessório que substitui a descarga original, vem em dois modelos: o primeiro tem um dispositivo que bloqueia a passagem de ar, e o segundo não dispõe desse bloqueio, ocasionando um barulho perturbador. A diferença de preço entre os dois acessórios chega a 50%. No primeiro caso custa em média R$ 600,00. E no segundo pode custar acima de R$ 900.
Responsáveis pela fiscalização nas ruas da cidade estão as polícias Militar e Civil, Secretaria de Meio Ambiente e o Departamento Municipal de Trânsito Urbano (DMTU). Desde o dia 24 de setembro, foram apreendidos mais de 98 motos que portavam o acessório pertubador. Segundo o diretor do DMTU, Darlington Duarte, a multa para o infrator é de R$ 85,13 e mais 4 pontos na carteira e é considerada uma infração média. Segundo ele, os acessórios após serem destruídos, serão encaminhados para uma reciclagem conforme orientação da justiça.
A destruição dos 98 equipamentos aconteceu na manhã de sexta-feira, 27, enfrente ao DMTU. Na oportunidade, um rolo compressor cedido pela Prefeitura passou por cima dos kadrons, resumindo-os a um amontoado ferro velho. O capitão PM, Rogério Pereira, deixou claro que “a fiscalização terá continuidade para conter os proprietários desses tipos de veículos em insistir pela utilização do acessório barulhento”.