Mais de 450 estudantes do ensino médio da estadual Dorothy Stang estão sem aula de introdução à informática. É que um incêndio destruiu completamente a sala de aula onde os alunos acessam Internet e estudavam informática. Um laudo será expedido pelo IML de Marabá, que realizou perícia técnica no local. Este foi o terceiro incêndio a escola num período de 8 meses.
Criminoso ou acidental provocado por curto circuito? A pergunta será respondida pelos técnicos do IML. No entanto, a reportagem apurou que desde agosto do ano passado a unidade educacional Dorothy Stang, onde no prédio funciona a escola municipal Paulo Germano, já foi vítima de outros dois incêndios. O primeiro deles aconteceu em agosto, quando a secretaria da escola teve um princípio de incêndio, que contido pelos moradores as chamas não se propagaram. Na segunda ocasião, a cozinha pegou fogo. “Neste caso o fogo começou pela mangueira do botijão de gás do fogão”, fez questão de esclarecer uma funcionária que pediu para não ser identificada. Porém, as chamas consumiram o forro da cozinha, janelas, utensílios e móveis.
Estranho e anormal. Uma foto registrada pela reportagem mostra uma sala de aula com uma marca de fogo no forro. Segundo uma funcionária trata-se de um princípio de incêndio, que não evoluiu. No caso do fogaréu registrado na noite de segunda-feira, 30, por volta de 22 horas, alguns fatos merecem atenção: primeiro, o fogo começou após o encerramento das aulas e, segundo, a reportagem flagrou telhas retiradas do telhado e uma escada de madeira estava a certa distância da parede da sala. “Vamos analisar todas as situações”, afirmou um dos peritos que avaliou a situação.
Os peritos trabalham com duas hipóteses: curto circuito na rede elétrica ou criminoso. No entanto, as chamas destruíram completamente a sala de aula como também móveis e equipamentos de informática: computadores, impressora e acessórios. “A situação ficou pior. Antes não tínhamos internet, agora estamos sem computadores”, desabafou uma funcionária da escola.