O corpo do empresário Itamar Alves Figueiredo, 46 anos, foi sepultado no final da tarde desta quarta-feira (8), no cemitério da cidade de Jacundá, em meio a grande comoção. O cortejo fúnebre reuniu uma multidão que deu o último adeus ao vice-presidente da Cooperativa de Transportes de Passageiros (Transjac), morto com três tiros enquanto trabalhava no terminal rodoviário da cidade. Tanto a polícia Civil quanto a Militar empreendeu buscas ao assassino que fugiu na garupa de uma moto Bross. Até o fechamento desta edição não havia nenhuma informações sobre a motivação do crime.
O assassinato aconteceu às 14h40 de terça-feira (7). Na ocasião havia passageiros, lotadores e motoristas no local de embarque e desembarque de passageiros destinado a vans e micro-ônibus da cooperativa. Itamar Figueiredo, mais conhecido por Ita, estava ao lado de uma passageira quando um homem com aparência de 25 anos de idade se aproximou e sacou uma pistola calibre 380, disparou três tiros na vítima e correu em direção ao um condutor de moto que estava na área reservada ao mototaxistas, subiu na garupa do veículo e fugiu pela rua 10 de Julho, em direção a estrada da Moran Madeira.
A reportagem conversou com três pessoas que trabalham no local. Todas pediram anonimato dos seus nomes por terem alguma reação constrangedora. O primeiro deles disse que ouviu uns estampidos. “Imaginei que se tratava de bombinhas de artifícios, mas percebi que as pessoas correram. Quando passou o barulho dos tiros, sai e vi o companheiro estendido no piso. Não vi quem disparou os tiros”. “Estava usando meu celular quando ouvi um, dois, três tiros, e muitas pessoas correram. Levantei a cabeça e percebi um homem deitado no chão e quando cheguei perto conheci que era o Ita”.
Um terceiro deu mais detalhes. Segundo ele, Ita falava ao telefone e quando se aproximou do grupo de pessoas – aproximadamente 10 pessoas – um homem sacou a arma e efetuou os tiros. “Foi muito rápido. Só ouvi os tiros e o Ita já estava caído e um homem saiu com a arma na mão, pulou numa moto e desapareceu”.
“Quando recebi a informação da rota de fuga, segui pela estrada vicinal da Moran, cerca de 10 quilômetros, mas não encontrei nada. Na volta perguntei a alguns moradores que me disseram que uma moto em alta velocidade havia entrada numa rua enfrente ao Clube Campestre. Por sinal, essa rua dá acesso a uma estrada que sai muito na Moran Madeira”, explicou o capitão Rogério Pereira.
Segundo informou o delegado Sérgio Máximo, quando a viatura policial chegou ao terminal rodoviário a vítima agonizava no piso do prédio. “Nossa primeira providência foi tentar salvá-lo, conduzindo-o ao Hospital Municipal”. Ita chegou sem vida à Casa de Saúde. Em seguida, o delegado retornou à cena de crime na tentativa de encontrar informações sobre o crime. À reportagem, Sérgio Máximo informou que a investigação está em andamento e não quis adiantar qualquer informação a respeito e até mesmo sobre a linha de investigação adotada para esclarecer a morte.
A morte de Itamar Alves causou grande comoção na cidade de Jacundá, onde a família vive há décadas. Ele é filho da vereadora Adélia Alves Figueiredo e Joaquim Bispo Figueiredo e, é o terceiro filho de um total de 7 do casal. Deixou 7 filhos, entre eles 3 do atual casamento com Márcia Alves. Já atuava no ramo de transporte alternativo havia 25 anos. E há 7 fundou a Cooperativa Transjac que faz linha entre Jacundá e Marabá.