Uma força-tarefa do bem ofereceu diversos serviços públicos para a população da cidade de Jacundá. A ação terminou ontem, 28 e realizou mais de mil atendimentos, através do Poder Judiciário, Ministério Público do Estado, Defensoria Pública, Polícia Civil, Prefeitura e Prodasf (Projeto de Desenvolvimento e Assistência Social Dona Flor), que em dois anos de atividade realizou mais de 16 mil atendimentos.
Entre os dias 22 a 28 os moradores da cidade jacundaense tiveram a oportunidade de acesso a diversos serviços, entre eles o de requerer um novo documento de identidade. A Polícia Civil disponibilizou 700 cédulas de identidade, e segundo o coordenador da ação, o policial civil Leonilson Melo, o interessado bastava apresentar o comprovante de endereço ou certidão de casamento ou nascimento, além de fotos para solicitar o documento. O juiz da Comarca de Jacundá, Arielson Lima aproveitou a ocasião para solicitar a sua segunda via de identidade.
E de acordo com o magistrado Arielson, a ação denominada “Jacundá Melhor” proporcionou ao cidadão soluções para diversas questões pessoais e comunitárias. “Reunimos o Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública e conseguimos agilizar aproximadamente 80 processos que envolveram ações de divórcios, contrato de união estável, direitos do consumidor – através do Procon-, processos sobre pensão alimentícia, reconhecimento de paternidade, retificação de documentos e Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), além de outras demandas que sugiram durante a ação”.
O casal Antonio Francisco de Souza e Mayara de Araújo oficializou o matrimônio durante a realização do casamento coletivo que reuniu 100 casais. “Estou muito feliz ao realizar esse sonho”, afirmou a mulher, que disse o tão sonhado “sim” ao marido. “Finalmente estamos casados”, foram as palavras do esposo, que recebeu aplausos dos demais nubentes.
Outra ação do movimento “Jacundá Melhor”, segundo o juiz Wanderley Oliveira, tratou da campanha contra o abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes e violência doméstica contra a mulher. “Diversas instituições que integram a igreja Adventista do 7º Dia realizam esse movimento em mais de 120 países, através da campanha “Quebrando o silêncio” que objetiva combater a violência doméstica contra criança e adolescente e à mulher”. Palestras nas escolas estão sendo realizadas e já surtiu efeito. “A rede de proteção já começou a receber denúncias sobre casos de abusos e violência”.
As vítimas serão encaminhadas a rede de apoio que envolve delegacia, conselho tutelar, secretaria de saúde, assistência social e até educação. Os organizadores estimam alcançar 5 mil alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e ensino médio. O curta-metragem “O silêncio de Lara” é exibido durante as palestras.
Outro alvo da campanha “Quebrando o silêncio” é a pornografia virtual viralisada nas redes sociais. “É um dos ingredientes que tem trazido desastre psicológico para o desenvolvimento infanto-juvenil. E a campanha alerta não somente para o problema, mas aponta algumas recomendações, como manter computadores ao alcance de toda família e smartphones precisam de bloqueadores (aplicativos) que filtram sites eróticos. “Meu filho de 10 anos ainda não tem aparelho celular. Estou preparando-o para esse mundo virtual”.
Na sexta-feira, 28 foi lançando um projeto piloto para atender crianças e adolescentes vítimas de abuso e violência sexual, com atendimento em diversas áreas. “Vamos promover parcerias com faculdades de psicologia, medicina e outras áreas para trazer esses jovens universitários para Jacundá. Já estamos em contanto com universidades da Argentina, São Paulo, Bahia e Pará”.