Toneladas de pó de madeira ainda queimam no pátio de uma serraria abandonada no perímetro urbano da cidade de Jacundá. Cinco dias após o início do incêndio, moradores que deixaram suas casas ainda não retornaram. A Prefeitura de Jacundá informou que está monitorando a situação. Só uma forte chuva resolveria o problema.
Uma moradora que pediu para não ser identificada contou à reportagem que o fogo teria iniciado uma semana antes de atingir proporções quase incontroláveis. “Havia um pouco de fumaça, mas ninguém imaginava que isso aconteceria”, disse a dona de casa, que por está a 150 metros de distância do incêndio resolveu não sair de casa.
A serraria está localizada entre as Ruas Tiradentes e Santa Helena, que leva o mesmo nome do bairro, na região central da cidade. E ocupa uma área de 5 mil m² e está abandonada a 6 anos. Na sexta-feira (23) um dos moradores disse à reportagem que seus funcionários viram quando um grupo de crianças brincava no local e estavam fazendo uma fogueira. E, na noite de quinta-feira (22) as chamas tomaram de conta do local e consumiu vegetação rasteira, madeira estocada e instalações da madeireira – galpão e máquinas.
E, de acordo com o sub-tenente Brazão, do 5º Grupamento do Corpo de Bombeiros de Marabá, explica que a área é rica em material altamente inflamável, como a serragem de madeira. “Qualquer resquício de fogo como uma ponta de cigarro ou uma faísca trazida pelo vento pode desencadear um princípio de incêndio. E esse material vai queimar por muitos dias ou semanas. Orientamos atenção redobrada por parte dos moradores”.
O secretário de Obras e Infraestrutura da Prefeitura de Jacundá, Agnaldo Pezzin, a prefeitura mobilizou máquinas e homens para controlar as chamas, e que a ajuda dos moradores foi importante para conter a propagação do fogo. “Estamos atento a qualquer anormalidade, pois o fogo continuará consumindo o material existente por dias ou semanas. Não sabemos por quanto tempo continuará esse fogo na serragem porque o tempo está seco, não chove há várias semanas e tudo isso contribui para que o problema persista, mas estamos atentos”, disse o secretário.