“Hoje não saiu o pagamento da rede municipal. Só entrou R$ 140.000,00. O governo precisava de R$ 700.000,00”. Com essa frase, Cirlene Cabral, do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp) de Jacundá, através de uma rede social, deu a triste notícia aos servidores públicos, que estão com o salário de dezembro de 2015 em atraso.
Diante da situação, o sindicato da categoria convocou uma greve estendida a todos os profissionais do setor. O movimento grevista começou na terça-feira (19) e já paralisou algumas das atividades escolares como a matrícula e cursos de atualização profissional. “Enquanto os salários estiverem sofrendo atrasos o movimento grevista continuará”, afirmou a coordenadora na tarde desta quarta-feira (20).
Tony Silva, também coordenador do sindicato, pontuou que “a situação financeira dos servidores é crítica, pois estão recebendo cobranças de operadoras de cartão de crédito, empréstimos contraídos junto a instituições bancárias, além de estarem com outros compromissos em atrasos”. Nas redes sociais, o assunto tem gerado comentários. “Aqui também tem gente do comércio, que pode se posicionar, pois o não recebimento de nosso salário afeta também o comércio local”, publicou a professora Jeane Leal.
Para completar, a coordenação do sindicato da categoria fez uma lista de reivindicação que inclui o pagamento imediato da folha salarial de dezembro e mais a garantia do piso-salarial do mês de janeiro do corrente ano, jornada de 1/3 e ainda a organização e regularização financeira da secretaria municipal de Educação (Semed). A pauta é encerrada com pedido de aumento salarial para os servidores que atual nas secretarias das escolas.
Sobre o assunto, a reportagem tentou contato com a vereadora e secretária de Educação, Geane de Deus, no entanto, ela estava em reunião com a equipe técnica da Semed e não pode falar sobre o assunto. E uma ampla reunião está prevista para acontecer nesta quinta-feira (21) para encontrar uma solução. Anteriormente ouvido sobre a situação financeira do setor de educação, o prefeito Izaldino Altoé disse estava debruçado sobre como reduzir despesas sem afetar os empregos. “Estamos vivendo uma crise financeira muito grave, e a situação ficaria pior com a demissão de servidores, mas iremos encontrar uma solução”, finalizou o gestor.