A pesquisa eleitoral realizada pela empresa Desttaq (Instituto de Pesquisa Gestão e Mercado), registrada sob o número PA-00884/2016, prevista para ser divulgada neste sábado, 17, foi suspensa pela Justiça Eleitoral, no início da noite de sexta-feira, 16. De acordo com o registro, 316 pessoas nos municípios de Jacundá, Goianésia do Pará e Rondon do Pará teriam sido ouvidas pelo instituto. A contratante da pesquisa é a empresa Amazônia Jornalismo e Publicidade Ltda - Me / Innova Agência de Publicidade, que pelos serviços pagou o valor de R$ 2,5 mil.
A decisão do juiz eleitoral Arielson Ribeiro Lima, da 69ª Zona Eleitoral, levou em consideração vários fatos para suspender a divulgação dos dados estatísticos. "Entendo pela concessão de medida liminar suspendendo a divulgação da pesquisa. Com efeito, as provas produzidas pela representante indicam que a pesquisa contém informação inexata a respeito do número de entrevistados, assim como indica claramente que as entrevistas abrangeram área não pertencente ao Município de Jacundá".
"O universo pesquisado abrange o Município de Jacundá - PA. A amostra é de 316 entrevistas, a qual é distribuída pelos Bairros da sede de Jacundá - PA", é o que diz trecho do documento da Desttaq publicado no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No entanto, um detalhe chama atenção: as amostras das Vila Janari, Gancho da Velha, Porto Novo e Vila 5 Irmãos estão no município de Goianésia do Pará, e Vila Mantém é um povoado de jurisdição do município de Rondon Pará. Pela versão da Desttaq, que fez a pesquisa nos dias 11 e 12.
O Juiz conclui sua decisão afirmando que a pesquisa "tem a aptidão para gerar distorções no eleitorado, em razão de que as pesquisas podem influenciar as intenções de voto, mormente em pleitos municipais, onde as disputas tendem a ser acirradas". A ação de impugnação foi proposta pela Coligação Juntos Somos Mais Fortes.