O Jornal A Notícia, do município de Redenção, sul do Pará, traz em sua edição deste sábado, 17, pesquisa eleitoral registrada sob o número PA-00884/2016 realizada pela empresa de Belém, a Desttaq (Instituto de Pesquisa Gestão e Mercado), e que está suspensa pelo juiz eleitoral Arileson Lima, desde a noite de sexta-feira, 16, por conter entrevistas de eleitores residentes em outros municípios, o que interferiu a integridade dos resultados, beneficiando diretamente o candidato do PMDB, Zé Martins, que aparece com 49,17% das intenções de votos. A pesquisa foi contratada pela empresa Amazônia Jornalismo e Publicidade Ltda - Me / Innova Agência de Publicidade, que pagou o valor de R$ 2,5 mil.
O juiz eleitoral atendeu um pedido da Coligação Juntos Somos Mais Fortes, do candidato a prefeito Itonir Tavares, que encontrou falhas gritantes na documentação encaminhada pela empresa Desttaq à Justiça Eleitoral, que diz ter ouvido 316 pessoas nos dias 11 e 12 nos municípios de Jacundá, Goianésia do Pará e Rondon do Pará.
A Desttaq informou que ouviu eleitores das Vila Janari, Gancho da Velha, Porto Novo e Vila 5 Irmãos. Essas localidades pertencem ao município de Goianésia do Pará, e Vila Mantém que faz parte de Rondon Pará. O juiz eleitoral de Jacundá decidiu que a pesquisa “tem a aptidão para gerar distorções no eleitorado, em razão de que as pesquisas podem influenciar as intenções de voto, mormente em pleitos municipais, onde as disputas tendem a ser acirradas"
Na manhã de sábado, 17, a coligação do candidato Zé Martins publicou nas redes sociais uma nota de esclarecimento negando qualquer participação no caso. Porém, seus correligionários divulgaram a decisão do juiz como se fosse de uma outra pesquisa que seguiu a Legislação Eleitoral, onde o candidato Itonir venceria as eleições com 42,33% dos votos válidos. Qual o interesse de um jornal de Redenção pagar uma pesquisa eleitoral em Jacundá?