Dois meses após sua realização, o Concurso Público da Prefeitura de Jacundá continua gerando celeuma. De um lado estão os aprovados, e do outro os reprovados. Todos disputam 325 vagas para preenchimento de cargos na administração pública municipal.
A elaboração do certame teve início na administração do então prefeito Izaldino Altoé, foi realizado na gestão do ex-prefeito de 7 meses Itonir Tavares e continua dando dor de cabeça para o novo governo, do prefeito José Martins. Uma audiência pública prevista para acontecer no dia 17 de janeiro, a partir da 19h, no prédio da Câmara Municipal, vai tratar do assunto.
Foi dado entrada nesta quarta-feira (11), pelo vereador recém-empossado Daniel Siqueira Neves, com apoio dos demais colegas e, teve aprovado ofício que pede a realização de uma Audiência Pública para discutir o assunto relacionado ao concurso de Jacundá. Já confirmaram presença o Ministério Público Estadual, por meio do promotor Sávio Ramon, o prefeito José Martins, vereadores e comissões dos concurseiros.
“Mais de 10 mil pessoas fizeram esse concurso e estão sem saber de nada. Uns dizem que está cancelado e as pessoas que passaram querem seus direitos garantidos, porém, outro grupo pede a anulação da prova por considerar que houve falhas”, explica o parlamentar Daniel.
A empresa Inaz do Pará Serviços de Concursos Públicos Ltda foi a responsável pela realização do concurso público para provimento de mais de 300 vagas da Prefeitura de Jacundá. A reportagem enviou dois e-mails à empresa, porém, sem resposta até a publicação desta reportagem.
O concurso foi realizado no dia 13 de novembro de 2016, e dezenas de candidatos apontaram falhas durante o processo seletivo.
No dia 16 de dezembro do ano passado, o MPE recomendou à Prefeitura de Jacundá que procedesse a anulação da prova objetiva do concurso público. “Em caso de não acatamento da Recomendação, serão adotadas as medidas legais e judiciais necessárias a fim de assegurar a sua implementação”.
No dia 20 de dezembro, o então prefeito Itonir Tavares encaminhou o Ofício 149/2016, à empresa Inaz. “Foram apontadas e confirmadas diversas denúncias que comprometeram a lisura do certame, assim diante das irregularidades em denúncias deflagradas em procedimento conduzido pelo MPE, esta municipalidade requer que a empresa Inaz do Pará Serviços de Concurso Públicos Ltda processa a anulação da prova objetiva do concurso público e que designe de imediato nova data”.