Mais de cem pessoas participaram da audiência pública proposta pelo vereador Daniel Siqueira Neves, o Daniel dos Estudantes, para esclarecer o futuro do Concurso Público da Prefeitura de Jacundá, realizado no dia 13 de novembro de 2016, e que gerou diversas contestações de participantes. A empresa Inaz do Pará Serviços de Concursos Públicos Ltda, responsável pela aplicação das provas tem 72 horas (a contar do dia 17) para acatar recomendação do Ministério Público do Estado que sugere o cancelamento das provas.
O plenário Ulisses Guimarães, sede do Poder Legislativo de Jacundá, ficou lotado de representantes dos setores públicos e grupos de participantes do concurso. O requerente da audiência, vereador Daniel dos Estudantes explicou que “a audiência é resultado do clamor da população no sentido de ter uma decisão definitiva com referência a validade ou não do concurso público de Jacundá”. O parlamentar esclareceu ainda que o certamente “foi maculado por diversas denúncias de irregularidades e fraudes. E que as pessoas que realizaram o referido concurso precisam de respostas, em especial aqueles que foram aprovados licitamente”.
Lindomar Marinho, presidente da Câmara de Vereadores disse que “está é uma reunião válida para chegar a uma decisão, o que não acontece nesta noite. Tive o privilegio, onde autorizamos a realização do concurso. Porém diversas reclamações chegaram, as pessoas lesadas serão ouvidas, mas o que passaram estão contentes”, enfatizou o vereador e presidente.
Advogado Claudio Silveira detalhou as últimas decisões do MP e do prefeito anterior. “A empresa ficou inerte sobre a recomendação do MP e também em relação ao ofício do então prefeito”.
A coordenadora acadêmica e representante da Inaz Concursos, Renata Sarmanho explicou como representante da empresa, que sua visita ao município foi resolver a situação. “Inicialmente, a empresa não se manteve inerte diante das manifestações das autoridades, na verdade estamos fazendo apuração dos fatos. Todas as vezes que o MP solicitou alguma coisa, nós o atendemos”.
Em relação a problemas apresentados por candidatos, ela disse que foi “uma falha no sistema de impressão dos cartões-respostas, que depois é lacrado impresso. E criamos alguns mecanismos no dia da prova para resolver o problema em 1.000 cartões com falhas, dos quais 70% foram corrigidos durante a prova. Nós garantimos que não houve erros na apuração das provas. Nenhum candidato foi prejudicado. Toda conferência e leitura dos cartões-respostas foram validadas”.
Sobre o prazo de 72h dado pelo MP, ela refutou a decisão. “Não somos obrigados a acatar a sugestão do MP, isso é uma decisão jurídica. E sobre as denúncias, todas estão sendo esclarecidas”.
Ministério Público reúne com representantes da Inaz
Na terça-feira, 17, às 10h, o representante do Ministério Público do Estado do Pará, Sávio Ramon Batista da Silva, explicou que expediu recomendação ao então prefeito Itonir Tavares pela anulação da prova objetiva do concurso público; o prefeito acatou a recomendação e requereu a anulação da prova objetiva do concurso público em 48h e a divulgação de novas datas; e até a presente data a organizadora da prova se manteve inerte.
Na reunião de terça-feira (17), com Renata Sarmanho - Coordenadora Acadêmica e representante da Inaz Concursos, foi concedido mais 72h para que a empresa promova a anulação das provas objetivas do Concurso Público realizado em Jacundá.
Participaram ainda da audiência pública o Procurador geral da Prefeitura de Jacundá, Alex Gomes Pires, delegado Sérgio Máximo e os vereadores Nego Lima, Marta Costa, Raylane Pequena, Neuza do Adão, Rafael Garrancho, Clayton da Nanô, Lane Pinheiro e Mariza Souza.