Na cidade de Jacundá, o Dia Nacional de Paralisações e Greves contra as reformas da Previdência e Trabalhista propostas pelo governo do presidente Michel Temer teve um terceiro tema: os precatórios do Fundeb/Fundef destinado ao município de Jacundá que superam os R$ 43 milhões.
A manifestação organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp) se concentrou em frente à Prefeitura Municipal, em seguida o grupo caminhou por algumas ruas.
Com um discurso afinado, Francilene Rocha, uma das coordenadoras do sindicato, citou os prejuízos que terão os trabalhadores de diversas categorias caso a proposta do governo federal seja aprovada. “Essa reforma da Previdência precisa ser discutida com as categorias. Por isso o nosso grito é ‘não’ a essa reforma, onde os trabalhadores serão prejudicados”.
A mobilização reuniu trabalhadores em educação pública do município. O professor Charles Christie Ferreira Ribeiro fez um destaque. “Estamos na rua mais uma vez. A luta agora é principalmente contra essa destruição da Previdência que anda chamando de reforma. Não vamos aceitar! Chega de palhaçada”.
Com o sonoro grito: o precatório é nosso, é da educação! Os manifestantes defenderam a liberação da vultosa quantia milionária de R$ 43 milhões que pode ser liberada nas próximas semanas.
De acordo com uma nota divulgada pelo Sintepp, “o recurso do precatório será liberado nos próximos dias. Esse dinheiro é da educação. O SINTEPP de Jacundá, apesar de ter entrado com uma ação de bloqueio do recurso, tem interesse de acordar com a gestão a forma de aplicabilidade do mesmo, de acordo com os princípios legais, como rateio entre os educadores, mas também considera algumas necessidades que o governo julgar importante”.
“Os educadores esperam que o governo entre em consenso com os representantes do Sintepp para que este dinheiro venha a contribuir não só com a economia da nossa cidade, mas com a vida pessoal e profissional dos educadores que fazem jus receberem parte deste recurso. Os educadores de Jacundá não abrirão mão do rateio entre os mesmos”, defende Cirlene Cabral, também coordenadora sindical.