Em um dia histórico na cidade de Jacundá, mais uma vez a Câmara Municipal de Jacundá cassa um prefeito. Durante a realização da Sessão Extraordinária desta terça-feira (14), que diz respeito ao julgamento do processo final da Comissão Processante.
Os alicerces no conturbado cenário político do município de Jacundá estão estremecidos. O "imbróglio" que se iniciou em meados de abril do primeiro ano de mandato da administração de José Martins de Melo Filho e Ismael Barbosa. Por denúncias por parte da Câmara contra o Prefeito [José Martins], em cometer ato de “infração política-administrativa e de crime de responsabilidade”.
Foram cerca de 500 dias de indecisão política que chegou ao fim na manhã de hoje (14). A Câmara julgou o processo final da comissão processante, em desfavor de José Martins de Melo Filho.
Durante todo esse tempo, de “afasta prefeito”, “assume vice-prefeito”, “volta prefeito afastado” e “assume vice-prefeito”, o município só veio a perder com essa crise política, desde o descrédito do empresariado local perante a gestão municipal, quanto a insatisfação da população, que na manhã desta terça-feira decisiva na política jacundaense, chegou ao fim de fato.
O processo final 001/2018 entregue pelo presidente da Comissão vereador Rafael Comin, o relator Tharlles Borges e como membro Raylane Soares, que recomendaram a cassação do mandato do gestor, baseado nos crimes denunciados, como falta de envio para Câmara de Jacundá "a documentação física relativa" às despesas públicas liquidadas no exercício de 2017.
Em votação aberta no Plenário da Câmara, ficou decidido por 13 votos a 0, pela cassação do mandato eletivo e inelegibilidade por 8 anos de José Martins de Melo Filho.
Ismael Gonçalves Barbosa, deverá tomar posse como Prefeito Constitucional de Jacundá. Até o momento da publicação desta reportagem, não se sabe se logo após o feriado estadual ou na próxima Sessão Ordinária, ocorra a cerimônia de posse.
Também esta marcado para às 15 horas de hoje (14), o julgamento do processo final 002/2018 da Comissão Processante, em que José Martins é acusado de ter sacado o montante de R$ 817.632,67, de contas bancárias da prefeitura na agência do Banco do Brasil.