A ausência de representantes dos principais órgãos envolvidos na área de Segurança Pública causou insatisfação entre os participantes de uma Audiência Pública convocada para tratar sobre o recrudescimento da violência em Jacundá, realizada na quarta-feira, 24, na Câmara Municipal. A reunião foi proposta pelo vereador Daniel Siqueira Neves, o Daniel dos Estudantes, mas não teve a presença das principais autoridades convidadas.
Um dos motivos seria o curto espaço de tempo programado para realizar o evento, o qual foi convocado na segunda-feira, 22. No entanto, os participantes apontaram os principais problemas vividos pela sociedade local.
Além do assassinato da professora Lucinéia Alves, morta na semana passada; outro caso foi mencionado, o do professor Jairo Miranda, morto em setembro após um motociclista atropelá-lo na Rua 10 de Julho. Houve denúncia sobre o aumento de roubos e furtos, arrombamentos de residências e outros crimes.
Zaqueu Catarino, do Conselho da Juventude, sugeriu a criação do Plano Municipal de Segurança Pública e a exigência de que o Estado e município cumpram suas responsabilidades; e também a estruturação do Departamento Municipal de Trânsito Urbano (DMTU), Polícia Militar e Civil, “principalmente sem interferência política”.
Para o vereador Daniel dos Estudantes, a audiência pública representa a voz da sociedade: “Sem ela não podemos cobrar providências dos setores responsáveis”. Ele menciona que uma das propostas aprovadas começou a ir para as ruas. “Montamos uma parceria entre Polícia Militar e DMTU para esta nas ruas noite e dia”.
Denominada de “Operação Saturação”, a missão tem como finalidade “prevenir ilícitos no município”, justificou o major Fábio Rayol, informando que na primeira noite, ontem, a operação realizada nos bairros Alto Paraíso e Cidade Nova, no horário de 19h às 22, apreendeu seis motos irregulares e fez abordagens de mais 11 motos, 4 carros, 3 bicicletas e 15 transeuntes.
A Audiência Pública teve a presença de oito dos 13 vereadores de Jacundá, do tenente Thiago S. Cruz, Cristine Ferreira Aguiar, do Conselho Integrado de Segurança e Justiça de Jacundá (Cisju), Itonir Tavares, presidente da Associação Comercial e Industrial de Jacundá (ACIJ), Valquíria Vale, chefe de Gabinete do prefeito Ismael Barbosa, e também de populares e familiares da professora assassinada na semana passada.