O presidente do Grupo Revemar, José Francisco Diamantino, de 62 anos, morreu por volta de meio dia deste sábado, 7, no Hospital Santa Mônica, em Goiânia (GO), onde estava internado desde sexta-feira, quando sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) na concessionária Phoenix, em Marabá.
O corpo de Diamantino deverá ser trazido para Marabá onde será velado no Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, na Folha 16, o horário do enterro, neste domingo, ainda não foi revelado pela família.
O empresário e pecuarista José Francisco Diamantino estava em coma induzido após procedimento cirúrgico ao qual foi submetido na madrugada desta sexta-feira (6). Ele foi transportado às pressas em UTI aérea da Juta, no início da noite de sexta-feira, após ser acometido de um AVC (Acidente Vascular Cerebral), também chamado de derrame cerebral. A cirurgia tinha por objetivo retirar coágulos.
A notícia do passamento do fundador do Grupo Revemar rapidamente se espalhou no meio empresarial, entre amigos, admiradores e funcionários, de forma que todos passaram a procurar por mais informações ontem referentes ao estado clínico do paciente.
Diamantino começou a dar mostras do seu problema de saúde ainda na manhã de quinta-feira, quando estava na Fênix Automóveis, uma das concessionárias do seu grupo, ao lado do Hospital Regional, na Nova Marabá. Um dos seus funcionários mais antigos e próximos, Willame de Souza, o Bigode, foi quem percebeu que o patrão realmente precisava de cuidados médicos e o convenceu a procurar ajuda médica. Ele ligou para o médico que o acompanhava, em São Paulo, e este, segundo Bigode, teria lhe aconselhado a viajar urgentemente para Belém, mas Diamantino ponderou que já iria melhorar e que segunda-feira iria para São Paulo.
Quando pirou, nesta sexta-feira, por volta de 11h30, o empresário foi conduzido ao Hospital Climec, aonde já chegou com dificuldades e com o corpo parcialmente paralisado. Os médicos locais entenderam que era caso para transferência a um centro com recursos mais avançados. Foi negociado leito no Hospital Sítio Libanês, em São Paulo e o paciente foi levado ao hangar da Juta, no Aeroporto de Marabá, de onde embarcaria em UTI aérea às 18h15, com destino a Congonhas. O voo era particular.
Foram no mesmo avião, dois pilotos, um médico intensivista, uma auxiliar de enfermagem e o filho mais velho do paciente, Winston Diamantino e a esposa Conceição. Não fosse a aeronave equipada com os recursos necessários, o empresário fatalmente não teria resistido, uma vez que o seu estado piorou durante o voo, inclusive com parada cardiorrespiratória.
Com isso, a equipe optou por pousar na capital mais próxima, Goiânia (GO), aonde chegou ao solo às 21h05. Uma equipe médica, acionada pela sede da Juta em Marabá, já aguardava pelo paciente. A cirurgia aconteceria poucas horas mais tarde. Estavam acompanhando Diamantino na capital goiana os filhos Winston, Patrícia e Priscila, esta última, inclusive, médica. Já a esposa dele, Ivanilda, estava na Croácia e não chegou a tempo de ver o marido com vida.
José Francisco Diamantino era paulista da região de Presidente Prudente e chegou a Marabá em 1981, tendo instalado uma tímida concessionária Volkswagen na Avenida Marechal Deodoro, na Marabá Pioneira. Em três décadas, ele construiu um conglomerado de empresas que inclui dezenas de concessionárias no Pará e em outros estados, fazendas e uma fábrica de cimentos no Nordeste.No agronegócio, é pioneiro no melhoramento genético e um produtor de referência no Brasil, com destaque para a raça Nelore, sendo considerado o maior pecuarista do Norte neste segmento.
Seus negócios empregam mais de 2 mil pessoas em dezenas de cidades e ele era considerado o homem mais rico de Marabá.