Embora a maioria da população de Marabá e região já não nutra mais esperanças quanto ao derrocamento do Pedral do Lourenço, para abertura da Hidrovia do Tocantins, o Ministério dos Transportes e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) publicaram no Diário Oficial da União novo edital para licitação do derrocamento do Pedral. A abertura das propostas será ao meio-dia de 4 de novembro deste ano.
O novo edital foi lançado depois de reunião, realizada na semana passada, em Brasília (DF), com representantes de Marabá e o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, que inclusive viria a Marabá, no próximo dia 20, para anunciar a novidade em relação ao pedral, mas como o edital já foi lançado o ministro não virá mais.
Entre as lideranças políticas que estiveram na reunião com o ministro estavam Marcelo Almeida Araújo, secretário municipal de Indústria, Comércio e Mineração; e Gilberto Leite, presidente da Associação Comercial de Marabá (ACIM).
Junto com as eclusas de Tucuruí, a obra permitirá a navegabilidade em toda extensão da Hidrovia Araguaia Tocantins, facilitando o escoamento de produtos do Centro-Oeste brasileiro pelos portos do Norte.
Segundo reza o novo edital, as obras vão exigir investimentos de R$ 452,3 milhões e devem estar concluídas em quatro anos, dos quais dois anos serão consumidos nos processos de licenciamento ambiental.
O derrocamento vai retirar do caminho da navegação regiões pedrais que hoje impedem a passagem de embarcações em uma extensão de 43 quilômetros ao longo do rio Tocantins, formando uma espécie de barreira ao longo de boa parte do ano e impedindo o escoamento da produção das regiões Centro Oeste e do Norte, principalmente, sul e oeste do Pará.
A luta para tirar as obras do Pedral do Lourenço do papel vem se arrastando ao longo dos últimos anos. O projeto chegou a ser incluído e depois retirado do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-III), o que motivou manifestações de lideranças políticas do Pará.