No município de Marabá, 2 casos suspeitos de microcefalia registrados na semana passada estão sendo investigados. Exames mais detalhados para saber se há relação entre o possível diagnóstico de microcefalia e o zika vírus estão sendo feitos em Belém. A informação foi repassada pelo infectologista Alex Freitas, do Hospital Materno Infantil de Marabá. “Foram coletadas amostras (de sangue) dessas grávidas e enviadas para Belém e nós estamos aguardando ansiosamente os resultados.”
Alex Freitas explica que a situação é nova, até mesmo para infectologistas experientes, e que ainda é cedo para alarmar a população. “Estamos ainda aprendendo a lidar com o zika vírus, que veio para o Brasil com a Copa do Mundo de 2014. Infelizmente, parece que veio para ficar”, declarou. Uma morte relacionada ao zika vírus foi confirmada no Pará. Trata-se de uma adolescente de 16 anos, do município de Benevides, na Região Metropolitana de Belém (RMB), que morreu no fim de outubro.
PROTOCOLO
O Ministério da Saúde lançou ontem (8) um protocolo emergencial de vigilância e resposta aos casos de microcefalia relacionados ao zika. O objetivo, segundo a pasta, é passar orientações técnicas e diretrizes para profissionais de saúde e equipes de vigilância. O documento contém a definição de casos suspeitos de microcefalia durante a gestação, o parto ou após o nascimento.
Também traz critérios para a exclusão de casos suspeitos e apresenta um sistema de notificação e investigação laboratorial. Há ainda orientações sobre como deve ser feita a investigação epidemiológica de casos suspeitos e sobre o monitoramento e análise dos dados. O protocolo também traz informações sobre o reforço do combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor do zika.
O diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis, Cláudio Maierovitch, lembrou que, desde anteontem (7), a medida padrão adotada para a triagem de bebês com microcefalia passou a ser 32 centímetros, e não mais 33 centímetros, conforme preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).