Correria e tumulto marcaram a sessão ordinária da Câmara Municipal de Marabá nesta terça-feira (23) durante ocupação do Plenário por centenas de servidores da educação em um ‘ato público pelo PCCR’.
Minutos antes da votação do projeto, um dos educadores chegou a invadir a área destinada aos parlamentares e foi segurado, de forma truculenta, pelo Inspetor Roberto Lemos, superintendente Geral da Guarda Municipal, que tentou imobilizá-lo.
Após a atitude da GMM, vários servidores avançaram contra os seguranças para ocupar a Mesa Diretora e dar apoio ao professor imobilizado. Enquanto alguns professores tentavam burlar o cerco e forçar a entrada no espaço, um agente da Guarda Municipal disparou spray de pimenta contra os trabalhadores.
Rapidamente, centenas de pessoas atingidas começaram a lacrimejar e tossir, correndo pelo plenário rumo às saídas de emergência.
Devido à situação, algumas pessoas chegaram a desmaiar e foram levadas ao Hospital Municipal de Marabá. Os educadores tinham como principal objetivo frear a votação do Projeto de Lei que altera o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) enviado à Casa pelo Poder Executivo. Conseguiram, mas por pouco tempo.
A câmara estava lotada e nas imagens que circulam na internet é possível ver o momento em que os professores invadem a área das mesas, quando começa a confusão.
Segundo a coordenadora geral do Sindicato dos Professores, Joyce Rabelo, os professores faziam uma manifestação pacífica dentro do plenário, mas a aprovação do projeto alterou os ânimos. “Os professores não ficariam quietos vendo seus direitos serem tirados”, comenta.
Danos
Durante o tumulto, foram registrados danos no prédio e em equipamentos. De acordo com o presidente da câmara, um boletim de ocorrência foi registrado para responsabilizar os atos que geraram prejuízos durante a sessão.
Peritos do Instituto Renato Chaves devem analisar o que ficou danificado nos próximos dias e as imagens do circuito interno de segurança podem ajudar na conclusão do inquérito.