O Facebook disse que uma investigação interna não achou indícios de viés político em sua lista de tópicos populares, após acusação de um ex-funcionário, mas mesmo assim vai mudar seus métodos para fazer a lista de notícias de seus "trending topics".
Um comunicado da empresa diz que deixará de considerar informações de sites de notícias externos para indicar os tópicos populares, e que vai passar a considerar apenas seu próprio algoritmo. O Facebook diz que também vai aperfeiçoar o treinamento e o controle da equipe. A empresa nega ter encontrado viés político no processo, mas não descarta "condutas impróprias isoladas".
O Facebook foi criticado no início de maio, quando um ex-funcionário não identificado disse ao site de notícias de tecnologia Gizmodo que os trabalhadores muitas vezes omitem histórias políticas conservadoras da lista "trending topics" da empresa.
Zuckerberg disse que o Facebook "não encontrou nenhuma evidência de que o relato é verdadeiro". Uma comissão do Senado Estados Unidos também abriu um inquérito sobre as práticas do Facebook.
Na quinta-feira (12), o Facebook definiu suas orientações para "Trending Topics" na sua seção de relações com a mídia e afirmou que os revisores não são autorizados e tampouco aconselhados a discriminar fontes de notícias.
O Facebook, agora avaliado em cerca de 350 bilhões de dólares, tornou-se uma grande fonte de notícias para os seus mais de 1 bilhão de usuários ativos por dia. Sessenta e três por cento dos usuários, ou 41 por cento de todos os adultos norte-americanos, dizem que consomem notícias no site, de acordo com um estudo realizado no ano passado pelo Pew Research Center e da Fundação Knight.